Mais de 1,2 milhão de brasileiros convivem com Alzheimer e lúpus: diagnóstico precoce pode salvar vidas

A campanha do Fevereiro Roxo conscientiza sobre o Alzheimer, fibromialgia e lúpus, que são doenças crônicas e não têm cura. Confira

Publicado em 11/02/2025 às 9:23 | Atualizado em 11/02/2025 às 14:36
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O Fevereiro Roxo é um mês dedicado à conscientização sobre três condições de saúde que impactam milhares de brasileiros: Alzheimer, fibromialgia e lúpus.

Essas doenças, embora distintas, são doenças crônicas, ou seja, não têm cura definitiva e persistem ao longo do tempo.

A campanha visa destacar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e de tratamentos adequados.

Doenças exigem tratamento diversificado

Por não existir cura, as doenças precisam de tratamento que englobam todas as áreas da vida, não apenas o combate à doença.

É preciso que o foco esteja na qualidade de vida dos pacientes, que sempre irão conviver com o problema.

Então, além dos medicamentos, outras frentes como terapia ocupacional, psicoterapia, fisioterapia (no caso do lúpus e fibromialgia), entre outras práticas de medicina complementar podem ser indicadas. 

Vale destacar que o impacto emocional e social dessas doenças não se limita apenas ao paciente, afetando também suas famílias.

“A escuta ativa e o reconhecimento do sofrimento emocional ajudam a fortalecer a adesão ao tratamento e a melhorar a qualidade de vida, promovendo um cuidado mais humano e efetivo”, destaca o Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião funcional e pesquisador da Unicamp.

Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente idosos, causando declínio progressivo das funções cognitivas, como memória, comportamento e raciocínio.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra 1,2 milhão de casos, com 100 mil novos diagnósticos a cada ano. A prevenção, no entanto, começa muito antes da terceira idade.

“A manutenção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, uma dieta balanceada, estímulo cognitivo e o controle de condições como hipertensão, diabetes e colesterol, devem ser incentivadas para evitar o desencadeamento da doença na terceira idade”, explica o especialista.

Fibromialgia

A fibromialgia é caracterizada por dor generalizada, fadiga e alterações de humor.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, cerca de 3% da população brasileira sofre com a doença, que ainda é subdiagnosticada e mal compreendida, o que dificulta o acesso a tratamentos adequados.

Além da dor, sintomas como fadiga, distúrbios do sono, “névoa cerebral” e rigidez muscular são comuns. O diagnóstico é desafiador devido à semelhança com outras condições médicas.

“O tratamento auxilia a prevenir as crises, gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes para que seja possível ter uma vida plena”, avalia o Dr. Marcelo Valadares.

O tratamento deve ser diverso, incluindo medicamentos, fisioterapia, exercícios leves e técnicas de relaxamento.

Lúpus

O lúpus é uma doença autoimune que afeta aproximadamente 65 mil brasileiros.

Caracterizada por períodos de atividade e remissão, a condição ocorre quando o sistema imunológico ataca os próprios tecidos do corpo, causando sintomas variados, como fadiga, dores articulares, lesões cutâneas e sensibilidade ao sol.

“O tratamento tem como objetivo controlar os sintomas, prevenir danos permanentes aos órgãos afetados e proporcionar mais qualidade de vida às pessoas”, explica o especialista.

Medicamentos imunossupressores, anti-inflamatórios e corticosteroides são comumente utilizados, aliados a mudanças no estilo de vida, como proteção solar rigorosa e atividade física moderada.

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