OPERAÇÃO

Grupo que vendia ingressos falsos para o Carnaval fez mais de 300 vítimas, diz polícia

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Recife. Ingressos falsificados, pulseiras de festas open bar, entre outros itens, foram apreendidos.

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 16/02/2023 às 12:23 | Atualizado em 16/02/2023 às 12:45
PCPE/DIVULGAÇÃO
Operação apreendeu ingressos falsos e pulseiras de open bar - FOTO: PCPE/DIVULGAÇÃO

O grupo criminoso que vendia ingressos falsos para o Carnaval 2023, e que foi alvo de operação da Polícia Civil de Pernambuco nesta quinta-feira (16), fez mais de 300 vítimas. Segundo as investigações, pessoas lesadas pagaram acima de R$ 600 por camisas ou pulseiras vips que, na verdade, eram falsificadas.

A Operação foi denominada "Piratas do Carnaval". Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros, todos expedidos pelo Juízo da Vigésima Vara Criminal da Comarca de Recife.

Segundo a polícia, o grupo já vinha agindo desde o final do ano passado, vendendo ingressos falsificados para festas de Réveillon. Os criminosos usavam perfis falsos nas redes sociais, com fotos de mulheres atraentes, para enganar as vítimas. 

O golpe funcionava da seguinte forma:

Três perfis falsos ofertavam ingressos nos comentários das postagens feitas no Instagram da festa oficial;

Negociação seguia por troca de mensagens no WhatsApp;

Entregador levava o material falso (geralmente camisa ou pulseira) ao local combinado pelo comprador;

No local indicado, havia a transferência de dinheiro via "pix" ou cartão eletrônico.

"Infelizmente a pessoa só percebia que havia caído no golpe ao tentar entrar no evento. Então, quando escaneava o QRCode, percebia que o ingresso era falsificado. Tudo era bem idêntico ao verdadeiro", pontuou o delegado Eronides Meneses, responsável pela investigação.   

REPRODUÇÃO
Camisas falsificadas de festa de Carnaval foram apreendidas pela polícia - REPRODUÇÃO

A polícia informou que chegou a solicitar a prisão preventiva de quatro suspeitos, mas a Justiça não autorizou.

"Uma das envolvidas, inclusive, já tem cinco boletins de ocorrência contra ela por ingresso falso. Uma jovem está se formando em enfermagem. A mãe dela chegou a acompanhá-la na delegacia e disse que ela não precisava estar envolvida nisso. E os demais ainda estão sendo investigados", disse Meneses. 

Os suspeitos vão responder por crimes de fralde eletrônica, falsidade ideológica e fraude no comércio. 

INGRESSOS DO CARNAVAL DO RECIFE APREENDIDOS EM OPERAÇÃO 

CIRIO GOMES/JC IMAGEM
Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado - DRACCO - CIRIO GOMES/JC IMAGEM

Durante a operação, ingressos falsificados, pulseiras de festas open bar e áreas vips, cartões de crédito e até cartões de vacinação da covid-19 foram apreendidos. Os materiais foram levados para o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), no bairro de Tejipió, e vão passar por perícia do Instituto de Criminalística. 

As investigações foram assessoradas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro. No total, 40 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães participaram da operação. 

CIRIO GOMES/JC IMAGEM
Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado - DRACCO - FOTO:CIRIO GOMES/JC IMAGEM
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Camisas falsificadas de festa de Carnaval foram apreendidas pela polícia - FOTO:REPRODUÇÃO

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