A Justiça de Pernambuco liberou o vigilante preso em flagrante por atirar e matar o paciente que assassinou, momentos antes, um vigia do Hospital da Restauração, na sexta-feira (26/4), na Avenida Agamenon Magalhães, no Derby, área central do Recife.
O vigilante foi solto após passar por audiência de custódia no sábado (27) e, assim, poderá aguardar a conclusão do inquérito policial em liberdade. O entendimento foi de que o acusado teria agido em legítima defesa.
O vigilante, identificado como Rusten Ferreira Inojosa, foi o único preso após a sequência de crimes no HR. E a prisão foi embasada num vídeo em que ele aparece atirando contra o paciente, já caído e ferido no chão. O paciente, entretanto, ainda estava armado - usava a arma do vigilante assassinado anteriormente.
A liberdade provisória do vigilante foi solicitada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Segundo a Polícia Civil explicou na sexta, o vigilante Rusten foi preso porque, segundo as imagens flagradas em vídeo, o paciente não tinha mais condições de reagir, apesar de outros vigilantes afirmarem que ele ainda tentou esboçar reação.
ENTENDA O QUE ACONTECEU NO HR
Um paciente roubou a arma de um dos vigilantes do HR, no interior da unidade, e o matou. Após fazer o motorista de refém e tentar fugir em uma ambulância, o paciente foi rendido e morto por outro segurança - que foi preso em flagrante por execução. O caso aconteceu por volta das 5h.
O vigilante assassinado foi identificado como Nivaldo Bezerra, de 66 anos, que teria sido surpreendido pelo paciente durante a troca de turno. Nivaldo estava em processo de aposentadoria e prestava seu último plantão na unidade.
Após o crime, os vigilantes saíram em perseguição ao paciente e o balearam na Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao HR.
O diretor do Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco (Sindesv-PE), Mauro Barbosa, defendeu que houve legítima defesa, afirmando que o vigilante chegou a ser atingido pelo suspeito e que só não foi ferido por causa do colete à prova de balas.
"Houve uma nova troca de tiros e ele foi alvejado. Só que ele não cessou a agressão. De acordo com o depoimento de outros vigilantes que estavam na ocorrência, ele caiu, esboçou uma reação e o segurança notou", alegou Barbosa.