Uma a cada cinco pessoas estão com Burnout

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Mirella Martins
Publicado em 26/12/2022 às 0:06
Na CID, burnout entrará como um "fenômeno ocupacional" caracterizado por sensação de não dar conta das tarefas, indiferença e baixa satisfação Foto: Foto: Pixabay


 Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da USP, este ano, aponta que uma em cada cinco pessoas que trabalham no mundo corporativo sofre com a Síndrome de Burnout hoje no Brasil, desde janeiro, classificada como uma doença ocupacional, fazendo parte da Classificação Internacional de Doenças, pela OMS.

“Antes, a síndrome de burnout era vista como uma doença emocional causada principalmente pela incapacidade do indivíduo em lidar com a pressão por resultados e responsabilidades associadas ao cargo, o que gerava um nível de estresse constante, levando ao esgotamento físico, mental e psíquico. Essa nova classificação atribui às empresas a responsabilidade de causa, pelo contexto ao qual o colaborador está inserido.

HUGO MUNIZ/DIVULGAÇÃO - André Rio, Nena Queiroga e Almir Rouche.

Ambiente de trabalho

Deixa de ser sobre “fraqueza, falta de resiliência ou incapacidade de lidar com pressão, e passa a ser sobre a influência da qualidade do ambiente de trabalho a qual eu pertenço”. A causa não está mais na pessoa, mas sim no empregador”, diz Patricia Ansarah, fundadora do Instituto Internacional em Segurança Psicológica, master trainer e especialista em Segurança Psicológica em Times.

Limites


Patricia Ansarah explica também que ambientes em que há pouco espaço para se falar dos limites, dificuldades e de pedir ajuda causam um estresse constante e são mais propícios a terem colaboradores que sofrem com a Síndrome de Burnout.

Renato Filho/DIVULGAÇÃO - A empresária e corretora de imóveis Sacha Myrna se destaca no mercado imobiliário de luxo.

Sintomas

“É resultado de uma série de sintomas por conta de um ambiente opressor, que desperta medo. Esse medo consome energia psíquica e inibe a capacidade de aprendizado, de análise, de criatividade e por isso o impacto direto na performance do indivíduo.

Quietinha

No entanto, esses sintomas vão surgindo de forma silenciosa, eles não acontecem de uma hora pra outra. Para tornar o ambiente de trabalho mais saudável e menos estressante, trabalhar na prevenção é fundamental. É preciso começar a falar sobre o assunto, alfabetizar os empresários e os funcionários emocionalmente para que seja prática do dia a dia falarem sobre o impacto das emoções nas relações e nos resultados”, finaliza Patrícia.

Dicas


Os líderes devem criar práticas de gestão que estimulem a contribuição de todos de sua equipe de forma igualitária, partindo do pressuposto de que todos têm algo a contribuir.

A liderança deve estar preparada para fazer mais perguntas e dar menos respostas. Essa também é uma forma de incluir a diversidade de pensamentos e criar diálogos e discussões produtivas para o negócio.
Ambientes psicologicamente seguros, favorecem a saúde mental, logo diminui-se o nível de estresse e aumenta a qualidade de vida no trabalho.

Aniversariantes


Helena Moraes, Paulo Stamford, Paula Peixoto, Dani Acioli, Ronaldo Paes Barreto, Maurício Pessoa de Melo, Vital Rangel, Fabiano Medeiros e Alexandre Nunes

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