CORES E SABORES

Um passeio pelas duas principais cachoeiras da Chapada Diamantina

A Chapada Diamantina, na Bahia, conta com inúmeras cachoeiras, mas as mais marcantes são as da Fumaça e a do Buracão.

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Leonardo Vasconcelos

Publicado em 13/10/2021 às 8:00
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A Chapada Diamantina, na Bahia, tem diversos atrativos para os amantes dos esportes e aventuras. Entres eles, os principais com certeza são as famosas cachoeiras, algumas consideradas as mais altas e bonitas do Brasil. Por isso, elas foram incluídas em um dos roteiros indicados no programa “Cores e Sabores – Orgulho de ser nordestino”, exibido no último sábado, na TV Jornal (OBS: A reportagem foi gravada antes da pandemia). 

A segunda maior cachoeira do Brasil. Apenas o título por si só, claro, já chama a atenção, mas os encantos da Cachoeira da Fumaça vão além dos seus 385 metros de altura. O próprio caminho para chegar até ela, no Vale do Capão, já é um atrativo e desafio à parte. Existem duas formas de visitá-la: Por cima, a mais comum e fácil em um dia, e por baixo, a mais árdua e difícil em três dias. Vale frisar que optar pela primeira não significa necessariamente facilidade. No total são 12 quilômetros de trilha, ida e volta, sendo que os dois quilômetros iniciais são de uma subida íngrime que exige um certo fôlego e preparo físico. Mas são feitas várias paradas para descansar e curtir o lindo visual do Vale do Capão.

Após esta parte, a caminhada nos quatro quilômetros seguintes passa a ser mais plana e tranquila, inclusive com passagens por alguns riachos. Duas horas depois de começar o trajeto finalmente se chega no mirante de onde se pode observar a cachoeira e comprovar a explicação para o seu nome. De tão alta ela faz com que a água chegue lá embaixo em formato de fumaça com o vento. Em dias claros, o espetáculo fica ainda mais bonito com o surgimento de alguns arco-íris. Para admirá-lo bem é preciso coragem. Isso porque chegar na ponta da pedra que oferece a melhor visão pode dar um pouco de vertigem e medo em alguns. Por isso a orientação dos guias para todos é de chegar até a beira lentamente e deitado. Com o cuidado necessário e respeitando o limite de cada um é possível apreciar a cortina de fumaça da linda janela do vale.

Imperdível. Pode perguntar a qualquer turista ou guia na Chapada Diamantina entre dezenas de cachoeiras qual a que não se pode deixar de ir e seguramente a resposta será a do Buracão. Tantas recomendações definitivamente não são à toa. De fato, ela oferece um visual impressionante e uma experiência única. A sensação de chegar nadando por um cânion imponente e estreito de três metros de largura e noventa de altura e no final dele a cada braçada ver uma imensa queda d’água se revelando é realmente mágica.

Ela fica no município de Ibicioara e a trilha até ela é fácil com apenas três quilômetros pelas margens do Rio Espalhado, com a obrigatória companhia de um guia local. No caminho, como aperitivo, você passa outras cachoeiras como Buracãozinho, Orquídeas e Recanto Verde. Bonitas, é verdade, mas nada se compara ao Buracão. O detalhe é que quando se chega ao acesso não se enxerga à queda d’água. É preciso antes passar pelo cânion em forma de curva. São duas opções de caminho: Ou andando encostado nos paredões ou nadando pelo meio deles. Sem dúvida a segunda alternativa é a mais legal e especial. Depois de colocar o colete salva-vidas é hora de se jogar na escura e espumosa água (efeito dos restos orgânicos da mata).

Aí basta nadar contra a correnteza com tranquilidade e ir atravessando o cânion até aos poucos ver a cachoeira se mostrando. É emocionante se deparar no enorme vão de pedra com uma deslumbrante queda d’água de 85 metros de altura e ao chegar nela realmente lavar a alma. Com corpo e espírito renovado, o visitante no final é levado até o topo da cachoeira para apreciar a paisagem de cima. Depois será mais um na imensa e cada vez maior lista dos que indicam o Buracão e todo o seu aumentativo de beleza.

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