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Regina Duarte é exonerada da Secretaria de Cultura do governo Bolsonaro

Regina Duarte assumiu a pasta em março para tentar acalmar os ânimos entre a classe artística e o governo Bolsonaro

JC
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Publicado em 10/06/2020 às 6:54 | Atualizado em 10/06/2020 às 7:23
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Regina Duarte defendeu a eleição de Bolsonaro - FOTO: REPRODUÇÃO

A exoneração da atriz Regina Duarte foi do cargo de secretaria especial de Cultura foi publicada no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira (10). O presidente Jair Bolsonaro, inclusive, já havia anunciado a saída de Regina no último dia 20 de maio. À época, ele afirmou que a atriz assumiria a Cinemateca Brasileira, instituição responsável pela preservação da produção audiovisual do país e é vinculada à Secretaria da Cultura.

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Regina Duarte assumiu a pasta em 4 de março, para tentar acalmar os ânimos entre a classe artística e a indústria da cultura com o governo federal. À frente da Secretaria, Regina passou por desgastes, como quando o governo renomeou o maestro Dante Mantovani como presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Ele tinha sido exonerado pela própria Regina em seu primeiro dia como secretária.

Na última semana, Regina já havia se pronunciado sobre a saída um texto publicado em suas redes sociais. "E por falar em Cultura... Aceitei assustada o convite para a missão. Aceitei por amor ao meu país, por paixão irrefreável por Arte e Cultura, por confiança no governo Bolsonaro. Aceitei porque muita gente, muita gente mesmo, quando cruzava comigo, em qualquer lugar, com o olho brilhando de esperança, dizia: 'Aceita, Regina!'", escreveu.

Regina também deu declarações polêmicas durante sua passagem pelo governo. Em entrevista à CNN, ela chegou a minimizar as mortes que ocorreram durante o período da ditadura militar e falou que o coronavírus trouxe muita morbidez.

A atriz também já afirmou que vai "lutar sempre por escapar do ambiente raivoso que acomete parte do setor (cultural)". Segundo Regina Duarte, existe "um grupo que trabalha quotidianamente não para construir nada mas para separar os criadores de arte, impondo o atraso, impedindo a conexão de todos". Ela não citou nomes ou apontou ações nesse sentido, porém.

Desde o início da paralisação da Cultura por causa do coronavírus, Regina foi cobrada pela classe artística para amenizar a crise econômica do setor. Ainda em março, ela pediu para ser recebida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para apresentar as necessidades do segmento cultural. Porém, nunca chegou a ser recebida por ele.

Mario Frias

O ator Mario Frias é cotado para assumir o lugar de Regina Duarte na Secretaria de Cultura. Mario, assim como Regina, é entusiasta e defensor de Jair Bolsonaro em suas redes sociais. Os dois, inclusive, tiveram uma reunião no dia 20 de maio, mesmo dia que a saída de Regina foi anunciada.

A Secretaria de Cultura teve status de ministério nos governos de Michel Temer (MDB), Dilma Rousseff (PT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na atual gestão, a secretaria passou a ser subordinada ao Ministério da Cidadania.

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