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'The Prom - A Festa de Formatura' é um filme despretensioso com mensagem de tolerância

Ryan Murphy dirige o filme com elenco estrelado encabeçado por Meryl Streep e Nicole Kidman

Márcio Bastos
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Márcio Bastos
Publicado em 24/12/2020 às 14:22
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ELENCO Andrew Rannells, James Corden, Meryl Streep e Nicole Kidman se divertem - FOTO: NETFLIX/DIVULGAÇÃO
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O contrato de Ryan Murphy com a Netflix para criar conteúdos originais, avaliado em 300 milhões de dólares, tem se mostrado profícuo. Apenas em 2020, já resultou na estreia de três produções: as séries Hollywood e Ratched e, agora, o filme A Festa de Formatura (The Prom). O musical, adaptado de uma obra da Broadway, evoca um dos maiores sucessos de Murphy, Glee, tanto por ser ambientado no ambiente escolar quanto por pregar mensagens de inclusão e valorização da diversidade.

Na trama, os astros da Broadway Dee Dee Allen (Meryl Streep) e Barry Glickman (Tony James Corden) buscam uma causa social para restabelecerem suas imagens após várias produções fracassadas — e acusações de serem narcisistas incorrigíveis. Pela internet, encontram o caso da jovem Emma Nolan (Jo Ellen Pellman), moradora de uma cidade conservadora no interior dos EUA.

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Lésbica, ela quer ir ao baile de formatura de sua escola com uma acompanhante, mas sofre boicote do conselho de pais, liderado pela Sra. Greene (Kerry Washington). Eles decidem então ajudá-la e, para isso, contam com o apoio de Angie (Nicole Kidman) e Trent (Andrew Rannells), dois atores fracassados de musicais.

A protagonista bem resolvida com sua sexualidade foi uma boa escolha, porque tira o repetitivo cenário da adolescente saindo do armário. Aqui, Emma já sabe quem é - e enfrenta todas as adversidades que isso implica. Os embates dela contra o preconceito de seus colegas de classe e os outros pais são alguns dos pontos altos do filme.

Mas, a história não se foca apenas nela. Cada personagem do núcleo principal tem seu drama para resolver e o longa encontra momentos para lidar com eles, ainda que, em alguns casos, de forma muito superficial. Destaque para o arco de James Corden, que é responsável por um dos momentos mais bonitos do filme, quando fecha o ciclo de um trauma de infância.

O longa, apesar dos inúmeros clichês, é bem-sucedido em passar sua mensagem de respeito e inclusão, com alguns momentos emocionantes. Os números musicais são extravagantes e coloridos, ainda que alguns sejam totalmente desinteressantes. 

Despretensioso e com ares de "Sessão da Tarde", o filme não se leva a sério, como deixa claro nos extravagantes números musicais. Meryl Street e Nicole Kidman parecem particularmente à vontade e se divertindo em cena, o que, por si só, já vale a sessão.

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