A TV Brasil homenageia Nicette Bruno, sábado (2), às 20h30, no primeiro Recordar é TV do ano. A atriz faleceu em dezembro, aos 87 anos, vítima da covid-19. Serão exibidas reprises de dois programas de entrevistas com participação dela: o Sem Censura, apresentado por Leda Nagle, em 2015, que contou com a presença da filha Beth Goulart, e Arte do Artista, conduzido por Aderbal Freire-Filho, em 2017.
Durante a conversa com Leda Nagle, Nicette Bruno falou sobre sua paixão pelo teatro e a relação com o marido, Paulo Goulart, falecido em 2014.
"Eu não acredito que a vida comece no berço e termine no túmulo. Eu acho que a vida continua. Ela apenas muda de dimensão. Todas as manhãs em minha oração eu digo para ele seguir sua caminhada evolutiva enquanto eu sigo a minha aqui até nosso reencontro", afirmou na entrevista.
Já na conversa com o diretor Aderbal Freire-Filho, a artista fez um apurado de sua carreira, relembrando fatos importantes das artes cênicas do Brasil."Eu estreei profissionalmente na companhia da Dulcina, que reformulou todo o comportamento do teatro brasileiro. Ela me transmitiu consciência sobre sucesso e fracasso", destacou Nicette, que aproveitou para prestar homenagem a outro ícone dos palcos, Bibi Ferreira.
A atriz compartilhou ainda episódios memoráveis que ajudaram a formar o teatro moderno com Paschoal Carlos Magno, Ester Leão e Jerusa Camões e os diretores Ziembinski, Turkov, Ademar Guerra e Antônio Abujamra.
Histórias envolvendo a arte Nicette as tinha de sobra: a atriz dedicou sua vida às artes e já aos 4 anos de idade estava no rádio; aos 9, no teatro e aos 14 atuava profissionalmente. Na televisão, foi igualmente profícua e esteve presente desde os primeiros anos da tecnologia no Brasil. Seu último papel na telinha foi a madre Joana, em Éramos Seis, da TV Globo. Em 1977, interpretou a protagonista Lola, na versão original da trama, exibida na TV Tupi.
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