O Oscar deste ano será transmitido ao vivo de vários locais, informou a Academia nesta quarta-feira (10), enquanto os detalhes da grande noite de Hollywood, atrasada pela pandemia, começam a tomar forma.
Nas últimas décadas, o Oscar foi realizado no Dolby Theatre em Los Angeles, mas com a segunda maior cidade dos Estados Unidos ainda sob as restrições da covid-19, a cerimônia está "se adaptando às exigências da pandemia", disse um porta-voz.
"Para criar o espetáculo presencial que nosso público global deseja ver, (...) a cerimônia será transmitida ao vivo de vários locais, incluindo o icônico Dolby Theatre", explicaram em um comunicado à AFP.
O 93º Oscar será uma edição "como nenhuma outra, dando prioridade à saúde pública e à segurança de todos os participantes", acrescentou o porta-voz.
Não foram fornecidos detalhes adicionais sobre a cerimônia, que encerra a longa temporada de premiações de Hollywood.
Não é a primeira vez que o Oscar é realizado em vários lugares. Em 1953 - a primeira vez que a cerimônia foi televisionada - o evento foi dividido entre Los Angeles e Nova York.
Globo de Ouro
Este ano, outras cerimônias de prêmios também estão experimentando múltiplas locações, incluindo o Globo de Ouro, que acontecerá no fim de fevereiro.
O Globo de Ouro contará com duas apresentadores: Tina Fey transmitirá do Rainbow Room em Nova York e Amy Poehler do Beverly Hilton em Los Angeles, disseram os organizadores.
O Emmy, por sua vez, foi transmitido em setembro de um cinema quase vazio de Los Angeles, com os indicados e vencedores fazendo aparições de casa via videochamada.
Adiamento
Com a covid-19 causando o fechamento das salas de cinema e estragos no calendário de estreias de Hollywood, o importantíssimo Oscar já foi adiado por dois meses e será realizado em 25 de abril.
Como muitos filmes independentes e sucessos de bilheteria foram forçados a adiar suas datas de lançamento até a reabertura dos cinemas, a data limite para filmes elegíveis ao Oscar também foi prorrogada por dois meses, até o final de fevereiro.
O diretor de "Contágio", Steven Soderbergh, produzirá o Oscar 2021, que foi chamado de "a ocasião perfeita para inovar e repensar as possibilidades da cerimônia de premiação", segundo o presidente da Academia, David Rubin, e a diretora executiva, Dawn Hudson.
"Estamos igualmente empolgados e apavorados", declarou Soderbergh em um comunicado conjunto com os co-produtores Jesse Collins e Stacey Sher ("Django").