Diretor Spike Lee chama Bolsonaro de gângster durante a abertura do Festival de Cannes
Ícone estadunidense preside o júri do principal festival de cinema do mundo
Um dos diretores de cinema mais aclamados do mundo, Spike Lee preside o júri do Festival de Cannes em 2021. E, já no discurso de abertura do evento, mostrou que a edição será politizada, como são seus filmes, a exemplo de obras-primas como Faça a Coisa Certa (1989), Malcolm X (1982) e o recente Infiltrado na Klan (2018). Na sua fala, ele criticou líderes mundiais, a exemplo de Donald Trump, Putin e Jair Bolsonaro.
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"O mundo está sendo governado por gângsteres. O Agente Laranja [em referência a Trump], o cara do Brasil [em referência a Bolsonaro] e Putin. São gângsteres e vão fazer o que quiserem. Não têm moral ou escrúpulos, esse é o mundo em que vivemos, e precisamos levantar a voz contra gângsteres como esses", disse Spike Lee, em trecho traduzido pelo G1.
Além de Spike Lee, o júri deste ano conta com o diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, também um ferrenho crítico do governo de Jair Bolsonaro, assim como de Michel Temer, que o antecedeu após o controverso processo de impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff.
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Durante a apresentação do celebrado Aquarius, na edição de 2016 do Festival de Cannes, Kleber protestou junto a equipe do filme no tapete vermelho. Juntos, empunharam impressões em que alertavam para a situação política do Brasil e afirmavam que havia um golpe institucional em execução no país.
Kleber Mendonça Filho também fez história em Cannes ao ganhar o Prêmio do Júri, em 2018, com Bacurau, filme que dirigiu ao lado de Juliano Dornelles, e que lhe rendereu vários prêmios internacionais, além de uma bilheteria expressiva no Brasil.