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Tiro no set de 'Rust', filme de Alec Baldwin, pode ter sido 'sabotagem', diz advogado de armeira

Relatos dão conta que uma equipe de cinegrafistas de "Rust" havia se demitido um dia antes da tragédia, em parte por preocupações com a segurança das armas de fogo e explosivos no set

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AFP

Publicado em 03/11/2021 às 23:15
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Um advogado que representa a mulher responsável pela arma que foi disparada pelo ator Alec Baldwin e levou à morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins disse que o incidente pode ter sido um ato de "sabotagem" por membros descontentes da equipe de filmagens de "Rust".

Hannah Gutierrez-Reed era a armeira no set deste filme de faroeste gravado no Novo México, onde Baldwin atirou em direção à Hutchins no mês passado após ser informado que a arma era segura.

O advogado da armeira declarou ao programa "Today", da NBC, que Gutierrez-Reed carregou a arma com munições de uma caixa de balas falsas ou inertes e "não tinha ideia" de onde veio a bala real que matou Hutchins.

“Presumimos que alguém colocou a bala real naquela caixa - e se pensar sobre isso, a pessoa que colocou a bala real na caixa de balas falsas tinha que ter como objetivo sabotar o set”, disse Jason Bowles. "Não há outra razão para fazer isso. Para misturar a bala real com as balas falsas".

Os promotores não apresentaram nenhuma acusação criminal pela morte de Hutchins. O xerife de Santa Fé, Adan Mendoza, afirmou dias atrás que parecia haver "alguma complacência no set".

Foram divulgados vários relatos de que uma equipe de cinegrafistas de "Rust" havia se demitido um dia antes da tragédia, em parte por preocupações com a segurança das armas de fogo e explosivos no set.

Tanto Baldwin quanto Gutierrez-Reed estão cooperando com a investigação em andamento.

Questionado sobre por que alguém sabotaria deliberadamente a produção camuflando balas reais com munições seguras, Bowles apontou para os trabalhadores "insatisfeitos" que partiram poucas horas antes do disparo.

"Temos pessoas que deixaram o set, que saíram porque estavam infelizes", respondeu Bowles, destacando as reclamações sobre as longas horas de trabalho e as acomodações da equipe.

“Temos um período de tempo entre as 11h e 1h aproximadamente daquele dia em que as armas estiveram em alguns momentos sem supervisão. Então houve a oportunidade de manipular a cena”, disse.

Quando perguntado por que Gutierrez-Reed deixou as armas sem supervisão, Bowles alegou que os produtores haviam pedido a ela para cumprir funções adicionais e estava ocupada com isso na hora do disparo.

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