Como uma forma de salvaguardar a cadeia produtiva do setor, o programa Recife AMA Carnaval foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal do Recife nesta terça-feira (15). O projeto proposto pelo prefeito da Cidade, João Campos, visa dar um auxílio aos trabalhadores da cultura em mais um ano sem o Carnaval. A partir da aprovação no legislativo, o projeto será encaminhado à Prefeitura do Recife para ser sancionado pelo prefeito João Campos (PSB).
O projeto foi apresentado pelo gestor municipal apresentado no dia 14 de janeiro, logo após a prefeitura cancelar a Festa do Momo. "Nós anunciamos a suspensão do Carnaval e agora, de maneira imediata, já lançamos o Recife Ama Carnaval, que é muito mais que um auxílio. A gente vai fazer a contratação através de um pagamento de prêmio com valor de 100% do cachê para artistas e agremiações. Também vamos assegurar recursos para os trabalhadores de som, de luz, para quem ajuda na estrutura de montagem de palco, todo mundo vai ser contemplado", disse João Campos, em um evento com vários artistas carnavalescos.
Em 2022, as atrações artísticas e outros participantes da cadeia produtiva cultural que atuaram no Carnaval do Recife nos anos de 2019 e/ou 2020, inclusive trabalhadores de áreas técnicas, aderecistas e produtores culturais, terão direito ao benefício. A iniciativa prevê a aplicação de R$ 10 milhões, contemplando coletivos como agremiações e atrações artísticas que participaram do Carnaval recifense em 2019 e/ou 2020. Diferente de 2021, o qual as atrações tinham um limite de R$ 10 mil, elas terão direito a 100% da subvenção ou cachê (valor unitário) recebido pela sua participação na programação.
VEREADORES COMEMORAM
O Vereador e Líder do Governo na Câmara, Samuel Salazar (MDB), comemorou a aprovação do Projeto de Lei, explicando quem tem direito ao benefício municipal. "Que tenham participado do Carnaval do Recife nos anos de 2019 e/ou 2020, sejam domiciliados no município e se enquadrem em uma das categorias: cantores e cantoras; grupos de danças; agremiações carnavalescas; grupos bandas e orquestras; proponentes habilitados nos concursos do Rei Momo e Rainha, concurso de Porta Estandarte, concurso de Passistas e concurso de Fantasias do Ciclo Carnavalesco; além de trabalhadores da cadeia produtiva cultural, como técnicos, produtores culturais, costureiros, aderecistas, figurinistas e outros previstos no edital de chamamento", disse o vereador.
"A Casa entendeu que esse era um projeto que exigia celeridade do poder legislativo. Em poucos dias o projeto tramitou nas comissões e foi ao plenário para a aprovação. O setor cultural está entre os mais penalizados durante a pandemia e é justo que o poder público possa amparar e acolher os artistas e realizadores que por mais um ano ficam sem um evento tão importante. Nosso compromisso é trabalhar cuidando das pessoas e no tempo que o Recife espera de nós”, reforçou o presidente da Casa de José Mariano, Romerinho Jatobá (PSB).
O vereador Marco Aurélio Junior (PRTB), que hoje ocupa o cargo de presidente da Comissão do Carnaval na Câmara do Recife, fez elogios ao executivo municipal. "A Prefeitura do Recife mais uma vez acertou e demonstrou a sensibilidade necessária para um dos setores mais impactados pela pandemia. É importante deixar claro que o que votamos foi um auxílio emergencial e o que precisamos agora é preparar o Recife para em um momento oportuno e seguro realizar uma grande festividade que contemple todo o eixo artístico, cultural e econômico", apontou o vereador.
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