Já faz quatro décadas que o histórico Forte das Cinco Pontas, no Centro, se transformou num reduto da salvaguarda de fotos, mapas, gravuras, azulejos, entre outras peças que recontam a história da capital pernambucana.
Em 2022, o Museu da Cidade do Recife comemora 40 anos com nova exposição de longa duração e um livro lançado pela pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Ambos serão lançados neste sábado (17), a partir das 16h, nas dependências do forte, localizado no bairro de São José. A entrada é gratuita.
Ambas as ações foram intituladas de "40 anos em movimento". Uma segunda exposição temporária, "Coleção de Gravuras Roberto Cavalcanti", também será lançada. O museu funciona de quarta a sexta-feira, das 10h às 17h; sábados e domingos, das 10h às 16h
Em suas 164 páginas, o livro reúne textos de historiadores, arquitetos, jornalistas e pesquisadores sobre a origem do museu e sua evolução ao longo de quatro décadas, a relação que ele mantém com a cidade, as ações realizadas para o público (exposições, oficinas, atividades de educação patrimonial) e a importância do Forte das Cinco Pontas.
O leitor vai descobrir, por exemplo, que no acervo iconográfico há mais de 200 mil imagens do Recife nos séculos 17, 19 e 20 até a década de 1980, além de 1.898 peças de cartografia do fim do século 19 e quase todo o século 20.
O título, organizado por Betânia Corrêa de Araújo, Emerson Pontes, Mariana Dantas e Sandro Vasconcelos, é ilustrado com fotos, mapas, gravuras e postais do acervo do museu. Está dividido em 12 artigos de autores diversos, entre eles o historiador Bruno Miranda, a arquiteta Amélia Reynaldo e o fotógrafo Josivan Rodrigues.
A mostra homônima ao livro convida o visitante a fazer um passeio pela história do Recife por meio do acervo do museu, compreendendo ainda as transformações de uma cidade sempre em movimento. Estarão expostas imagens de azulejos de diferentes épocas que fazem parte da coleção do museu. Também haverá a exibição de uma animação em vídeo, com a recomposição do prato que ilustra a capa do livro dos 40 anos do MCR.
Os fragmentos do prato foram encontrados na década de 1970, nas instalações do forte. A segunda parte da exposição propõe uma viagem através dos séculos, iniciando pelo 16, quando o Recife era um povoado que abrigava o porto de Olinda, onde os navios europeus atracavam para buscar madeira e açúcar. Uma gravura, pouco conhecida e que ilustra em detalhes esse período, faz parte da mostra e teve seu tamanho ampliado para facilitar a imersão do visitante.
Ao chegar ao século 17, marcado pela ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, o público encontrará uma animação produzida a partir de uma pintura de Frans Post, que retrata a construção da Cidade Maurícia. No século 18, com a cidade reconquistada pelos portugueses, a mostra destaca o projeto de edificação de igrejas no Recife. Ao passear pelo século 19, o visitante vai contemplar pinhas e azulejos que embelezavam a cidade à época, além de ilustrações do desenhista Luís Schlappriz, sobre o cotidiano urbano.
No século 20, por meio de fotografias, documentos e vídeos, a exposição ressalta três momentos de transformações no Recife: a reforma do Porto, a construção da Avenida Guararapes na década de 1930, e a construção da Dantas Barreto e demolição da Igreja dos Martírios nos anos 1970.
Sobre o século 21, a mostra evidencia a Coleção Recife 500 Anos, elaborada pela Cepe, Prefeitura do Recife, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Observatório do Recife.
SERVIÇO
Lançamento do livro e exposição Museu da Cidade do Recife - 40 anos em movimento
Quando: Sábado (17), a partir das 16h
Onde: Museu da Cidade do Recife / Forte das Cinco Pontas (bairro de São José, Centro)
Funcionamento do museu: Quarta a sexta-feira, das 10h às 17h; sábados e domingos, das 10h às 16h
Quanto: Entrada gratuita