Entre algumas lágrimas e muitos sorrisos de amigos e parentes, relembrando histórias e momentos, o corpo do jornalista e cartunista Ziraldo foi velado ontem, no segundo piso do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. O enterro ocorreu às 16h30 no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul carioca.
O velório de Ziraldo começou às 10h, inicialmente restrito à família, enquanto, do lado de fora do MAM, uma pequena fila de fãs se formou para homenagear o cartunista. A entrada do público foi liberada por volta das 10h20. As homenagens duraram até as 15h.
EMOÇÃO
"Fiquei muito impressionada com a repercussão", disse a filha de Ziraldo, a cineasta Daniela Thomas. "Minha família toda está muito emocionada com a onda de amor e de reconhecimento que a gente está vivendo."
Políticos e autoridades também foram ao MAM. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, enalteceu a importância do escritor para a própria cidade. "A gente sabe que Minas Gerais é muito conectada com o Rio, e o Ziraldo era um desses mineiros que marcaram a história desta cidade. A partir aqui do Rio que ele foi construindo esse legado", declarou.
O criador de O Menino Maluquinho morreu aos 91 anos na tarde de sábado. Ele estava em sua casa, na Lagoa, zona sul do Rio. De acordo com a família, a morte teve causas naturais. Inicialmente, o velório estava marcado para acontecer no salão nobre da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), mas foi transferido para o MAM a pedido da família.