Carlos Ranulpho, considerado o maior marchand de Pernambuco e um dos maiores do Brasil, morreu nesse domingo (14) aos 94 anos, no Recife, em decorrência a uma falência múltipla de órgãos. Ele estava internado desde o dia 30 de março no Hospital Memorial São José, na área central da cidade.
O galerista será sepultado nesta segunda-feira (15) no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife, às 13h.
Pelas redes sociais, a Galeria Ranulpho, referência nos mercados de arte criada pelo especialista, lamentou a perda.
"É com pesar que informamos a todos os amigos amantes das artes plásticas pernambucana e brasileira que nosso Marchand Carlos Ranulpho, está conversando sobre Arte no Céu com grandes nomes que passaram na Galeria Ranulpho", disse a publicação.
Ele completaria 95 anos de vida no próximo dia 28 de abril.
VIDA E CARREIRA
Carlos Ranulfo de Albuquerque nasceu em 28 de abril de 1920, filho do caricaturista J. Ranulpho e da dona de casa Maria José das Neves.
Comerciante de joias por mais de 20 anos, elepercebeu a falta de um mercado de arte em Pernambuco e, então, criou umcomércio de arte profissional em Pernambuco, promovendo talentos locais e nacionais ao longo das últimas cinco décadas.
Além da primeira unidade, na Boa Vista, a Galeria Ranulpho já ocupou espaços na Rua dos Navegantes, em Boa Viagem (década de 1970), teve uma filial em São Paulo, no bairro dos Jardins, e desde 2001 está sediada em um prédio histórico na Rua do Bom Jesus.
Assim, tornou-se um dos mais antigos galeristas em atividade no país, com 56 anos de profissão, e seguiu comparecendo à galeria.
Ranulpho teve sua história contada no livro do jornalista Marcelo Pereira, “Carlos Ranulpho: O mercador da beleza”, lançado em 2018.