Mulheres produzem mais "hormônio do amor", que aumenta com o prazer e cai com o estresse

Médico apresenta curiosidades sobre a ocitocina, conhecida como "hormônio do amor", que afeta relacionamentos e pode ser suplemetada com medicamentos

Publicado em 07/08/2024 às 9:49 | Atualizado em 07/08/2024 às 9:53

A ocitocina, conhecida popularmente como o hormônio do amor, desempenha um papel importante no bem-estar emocional e na saúde mental. Comumente associada ao carinho, afeto e prazer, ela é fundamental para a sensação de felicidade e relaxamento.

De acordo com o Dr. Silas Soares, especialista em saúde integrativa e funcional, este hormônio tem um impacto profundo na nossa vida emocional, ajudando a reduzir o estresse e promovendo a conexão entre as pessoas.

Prazer e saúde mental

A ocitocina é frequentemente chamada de "hormônio do amor" devido ao seu papel em promover a sensação de ligação e prazer.

"A liberação de ocitocina ocorre quando estamos próximos de nossos parceiros, amigos ou familiares, criando um sentimento de afinidade e bem-estar", explica o Dr. Soares.

Este hormônio atua diretamente na redução dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, melhorando assim a saúde mental.

O 'amor' em homens e mulheres

A produção do hormônio do amor tende a ser mais elevada nas mulheres, atingindo picos durante a gestação, o parto e a amamentação.

"Uma das funções da ocitocina é fortalecer o vínculo entre mãe e bebê", afirma o especialista. No entanto, o uso contínuo de pílulas anticoncepcionais pode levar a uma queda nos níveis de ocitocina nas mulheres.

Por outro lado, nos homens, a produção de ocitocina é geralmente menor, uma vez que a testosterona pode bloquear seu efeito.

Isso pode resultar em uma menor tendência à empatia e mais agressividade, mas também pode levar a uma maior amabilidade e menos conflitos quando o efeito da testosterona é reduzido.

Casal de idosos sorrindoCasais com um maior contato físico tendem a apresentar os níveis de ocitocina no organismo mais elevados (Imagem: fizkes | Shutterstock)

Como o hormônio do amor afeta relacionamentos

O hormônio do amor pode ter um impacto significativo nos relacionamentos. "A ocitocina pode dobrar sua produção quando as pessoas se apaixonam, mantendo-se estável enquanto o relacionamento se mantém firme", explica Dr. Soares.

No entanto, quando um relacionamento esfriam ou termina, os níveis de ocitocina podem cair, levando a sentimentos de tristeza, depressão e abandono.

Estresse derruba os níveis de ocitocina

A rotina corrida e a falta de tempo para o carinho e o contato físico podem prejudicar a produção de ocitocina.

"O aumento do estresse e a diminuição dos momentos de qualidade juntos podem reduzir os níveis de ocitocina", pontua o especialista. Para manter níveis elevados desse hormônio, é crucial manter um contato físico regular, como abraços e beijos, e encontrar maneiras de relaxar e reduzir o estresse.

Sinais de deficiência de ocitocina

A falta de ocitocina pode se manifestar de várias formas, incluindo:

  • Falta de expressões emocionais
  • Frieza ao demonstrar sentimentos
  • Diminuição do desejo sexual
  • Falta de lubrificação durante as relações sexuais
  • Diminuição da capacidade de alcançar o orgasmo nas mulheres e a ejacular nos homens

Como aumentar os níveis do hormônio do amor

Existem várias maneiras de aumentar os níveis de ocitocina no organismo.

"Medicamentos como a ocitocina sublingual oferecem uma ação rápida, enquanto a versão em comprimidos atua mais lentamente, ajudando a melhorar a ansiedade, o humor e a sensação de bem-estar", finaliza o Dr. Soares.

Combinando cuidados com a saúde mental, a prática de atividades que promovam o contato físico e, se necessário, o uso de suplementos, é possível manter os níveis de ocitocina em alta e desfrutar dos benefícios desse hormônio essencial.

 

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