Baile do Menino Deus terá José sanfoneiro e que recita Manuel Bandeira; conheça
Paraibano Lucas Dan tem carreira artística é forjada no forró e na poesia nordestina; espetáculo ocorre nos dia 23, 24 e 25, no Marco Zero do Recife
Pela primeira, o "Baile do Menino Deus: Uma brincadeira de Natal", realizado no Marco Zero do Recife, terá um José sanfoneiro e que recitará versos do poeta pernambucano Manuel Bandeira. O escolhido para viver o pai de Jesus foi o paraibano Lucas Dan.
Será a primeira inclusão de fala ao personagem nos mais de 40 anos de vida da obra, em nome da humanização progressiva dessa figura bíblica.
A encenação exalta a cultura brasileira a partir da diversidade dos povos formadores da identidade nacional - indígena, negro e ibérico.
As apresentações ocorrem nos dias 23, 24 e 25 no Marco Zero do Recife, com acesso gratuito, público estimado de 75 mil pessoas e transmissão ao vivo pelo YouTube.
Ator
Lucas Dan tem carreira artística é forjada no forró e na poesia nordestina, com experiências em terreiros populares, circo e teatro de rua.
"Estou muito feliz e honrado de representar José no Baile ao lado de uma equipe tão competente, sensível e sonhadora", diz Lucas.
"É responsabilidade e encantamento inaugural tanto para o personagem como para mim e vejo a cultura dinâmica, com transformação com o tempo para contar a mesma história de formas diferentes, com novas cores, elementos, a arte se faz assim. Feliz que a fala será com poesia."
Maria
O músico vai contracenar com a cantora, compositora, atriz e bailarina pernambucana Laís Senna, no papel de Maria pela segunda vez após a estreia em 2023.
Formada em canto popular brasileiro pelo Conservatório Pernambucano de Música, a artista reproduz nas apresentações a influência poética, sonora e dançante absorvida dos cantadores do Sertão do Pajeú, dos forrozeiros do Agreste e dos brincantes típicos da Zona da Mata.
Humanização
Criador e diretor do Baile do Menino Deus, o cearense radicado no Recife Ronaldo Correia de Brito comenta que as mudanças na representação de José ocorrem por uma "marcha contínua de humanização".
"Em 21 anos do Baile, fomos, gradativamente, criando um perfil mais humano para José. Neste ano, é um músico, dança e, pela primeira vez, fala. Diz um poema adaptado de Manuel Bandeira", diz.