A quebra de sigilo bancário de Jair Bolsonaro (PL), determinada na semana passada pelo ministro Alexandre de Moraes, pode ter como foco o montante arrecadado com as doações de apoiadores via Pix, que segundo relatório do Coaf, somou R$ 17 milhões.
Segundo Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, o grande volume de doações recebidas levantou a suspeita em ministros do Supremo Tribunal Federal de que a megaoperação de doação tenha sido usada para a prática de caixa dois.
Isso porque, segundo a reportagem, entre os doadores para Bolsonaro podem estar "laranjas" usados para repassar valores controversos para a conta do ex-presidente.
"As suspeitas aumentaram depois da informação de que o general Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, guardava US$ 25 mil, em dinheiro vivo, para entregar a Bolsonaro depois da venda de joias no exterior", diz o texto.
Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, afirma que a chance de aparecer algum depósito de origem duvidosa na conta de Bolsonaro é "zero, zero".
"São depósitos de R$ 2, R$ 20, R$ 200. Raros são os que têm valor maior", afirmou ele à colunista.