Feriado de 9 de julho; o que aconteceu nesta data? Entenda
Confira uma contextualização histórica com resumo de tudo que você precisa saber sobre a Revolução Constitucionalista, que marca feriado em São Paulo
O dia 9 de julho, que cai nesta terça-feira, é considerado feriado em todo o Estado de São Paulo. Mas você sabe dizer o porquê?
Nesta data, há 92 anos, os paulistanos lideraram a Revolução Constitucionalista de 1932.
Como sugere o nome, o movimento tinha o objetivo de pressionar o governo em prol da criação de uma nova Constituição para o país.
Confira neste artigo uma explicação mais breve, e outra mais detalhada sobre o que foi a Revolução Constitucionalista, suas causas e consequências.
Resumo histórico da Revolução
Em 9 de julho de 1932, foi dado início à Revolução Constitucionalista, um conflito armado que uniu vários estados na luta pela criação de uma nova constituição.
Naquela época, Getúlio Vargas era o presidente da República. Ele assumiu o poder de forma provisória após a Revolução de 1930, movimento que pôs fim à República Velha.
O movimento, liderado por São Paulo e apoiado por Mato Grosso e Rio Grande do Sul, buscava derrubar Vargas e estabelecer uma assembleia constituinte.
A Revolução Constitucionalista durou três meses, mas foi derrubada em 2 de outubro de 1932, com a derrota do governo estadual liderado por Pedro de Toledo.
Apesar da queda, o movimento causou pressão no governo pela criação de uma nova constituição.
Anos depois, em 1934, foi finalmente instaurada uma nova Constituição Federal, que foi elaborada durante os dois anos finais do Governo Vargas.
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História da Revolução Constitucionalista, comemorada neste 9 de julho
Até 1930, o Brasil era governado pela República Oligárquica, na qual os Estados de São Paulo e Minas Gerais se alternavam no poder, por meio da famosa Política do café com leite.
Esses estados eram referências econômicas e, logo, políticas, devido ao seu domínio na produção de café, o principal produto da economia nacional.
Esse regime foi interrompido pela Revolução de 1930, que colocou Getúlio Vargas no poder de forma provisória.
As ideias do governo de Vargas provocaram descontentamento em São Paulo, que perdeu influência política significativa.
A centralização de poder no presidente e a nomeação de representantes estaduais por Vargas foram os principais motivos que levaram à Revolução Constitucionalista de 1932.
Iniciada em 9 de julho daquele ano, o objetivo principal era de convocar uma nova assembleia constituinte para o país.
O conflito teve seu estopim em 3 de maio de 1932, quando os estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo foram mortos durante protestos contra o governo.
Esse evento deu origem ao acrônimo MMDC, que simbolizou o movimento enquanto esteve de pé.
Apesar da derrota do movimento, em 9 de julho daquele ano, o Estado de São Paulo ainda colheu alguns benefícios importantes.
No ano seguinte, os principais avanços conquistados foram:
- A convocação de uma Assembleia Constituinte;
- A nomeação de um representante estadual aceito pela população;
- A transferência das dívidas de guerra dos paulistas para o Banco do Brasil.
Fonte: Mundo Educação.