BOLSA DE VALORES

Entenda o que é o circuit breaker, mecanismo acionado pela Bovespa

Negociações foram interrompidas durante trinta minutos. Último caso foi em 2017

Publicado em 09/03/2020 às 11:26 | Atualizado em 09/03/2020 às 11:48
Foto: Agência Brasil
O Ibovespa mostrava leve alta de 0,10%, aos 110.786,43 pontos, entre mínima de 110.175,64 e máxima de 112.023,13, à tarde, saindo de abertura aos 110.677,48 pontos - FOTO: Foto: Agência Brasil

Após o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o B3, cair, nesta segunda-feira (9), mais de 10% em relação ao domingo, o circuit breaker foi acionado e impediu negociações durante trinta minutos. Alguns dos motivos para a queda foi a forte onda de aversão a risco que contamina os mercados internacionais, em decorrência das preocupações com o coronavírus e a crise no preço do petróleo.

O Ibovespa caía 9,54% por volta das 11h22, a 88.648 pontos. Já às 10h32, o índice registrou tombo de 10,02%, recuando a 88.178 pontos. Este é o menor patamar atingido desde 2 de janeiro de 2019, quando o índice chegou a 87.535 pontos. Entre as maiores quedas, as ações da Petrobras chegaram a desabar 24% e Via Varejo, 22%.

O que é o circuit breaker?

O circuit breaker é um dispositivo que entra em funcionamento e suspende as negociações durante trinta minutos, inicialmente, quando as operações da Bovespa caem 10% em relação ao dia anterior.

Para que funciona?

As negociações são suspensas com a intenção de evitar grandes perdas. Compras e vendas ficam paradas durante 30 minutos para que o mercado se acalme.

É possível que as ações sejam interrompidas por mais tempo?

Sim. Se, depois da reabertura, a queda chegar a 15% — também em relação ao dia anterior —, as negociações são suspensas por uma hora. Se ainda houver uma nova queda que chegue a 20%, a Bovespa pode suspender seus negócios em todos os mercados e decidir o prazo em que isso acontecer.

Últimas vezes que foi acionado

A última vez que o mecanismo foi utilizado foi em 2017, quando foi divulgada a notícia de que o então presidente Michel Temer (PMDB) teria sido gravado pelo dono da JBS autorizando a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.

Outra ocasião foi em 2008, diante da crise do setor imobiliário americano.

Confira histórico:

Durante trinta minutos:

  • Duas vezes em 1997: Crise Asiática
  • Quatro vezes em 1998: Crise Russa
  • Duas vezes em 1999: Câmbio flutuante
  • Quatro vezes em 2008: Crise do subprime dos EUA
  • Uma vez em 2017: Delação da JBS

Durante uma hora:

  • Uma vez em 1997: Crise asiática
  • Uma vez em 1998: Crise Russa
  • Uma vez em 2008: Crise do subprime dos EUA

Comentários

Últimas notícias