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Envio de declarações do IR cai quase 50% em meio à pandemia

Em todo o País, no ano passado, foram 23.805.014 milhões de declarações enviadas até o dia 28 de abril. Ao passo que, este ano, foram enviadas 12.304.750 milhões

Lucas Moraes
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Publicado em 29/04/2020 às 10:07 | Atualizado em 29/04/2020 às 10:07
KATARINA MORAES / JC
Declaração de Imposto de Renda deve começar no início de março. - FOTO: KATARINA MORAES / JC

Com o avanço da pandemia da covid-19 e das medidas de isolamento social para evitar a propagação do novo coronavírus, muita gente tem relaxado e deixado para depois o cumprimento das obrigações com o fisco. Desde que esticou o prazo para envio das declarações do Imposto de Renda 2020, a Receita Federal registrou uma redução diária no número de declarações enviadas, quando comparados os mesmos períodos de 2019 e 2018. Em Pernambuco, até ontem, o volume de declarações repassados à Receita era praticamente metade do que fora transmitido até o dia 28 de abril de 2019.

Naquele ano, 619.315 mil declarações tinham sido transmitidas à Receita até o dia 28. Em 2020, o número de envios até a referida data caiu para 320.656 mil, uma redução de 48%. Em todo o País, a conta segue sendo praticamente a mesma. No ano passado, foram 23.805.014 milhões de declarações enviadas até o dia 28 de abril. Ao passo que este ano foram 12.304.750 milhões, até então.

Tradicionalmente, a última semana do mês de abril concentra um número maior de declarações enviadas, pelo fato do dia 30 de abril ser o último dia para envio do documento. Mas como neste ano o prazo foi esticado para o dia 30 de junho, desde que o anúncio da nova data foi feito, muita gente tem preferido - ou sido obrigado pelas circunstâncias - a adiar.

De acordo com os dados da Receita Federal, até o fim do mês de março, o fluxo de declarações seguia normal, inclusive chegando a superar o número de envios feitos em 2019. Para efeito comparativo, os últimos 14 dias mantêm praticamente a mesma métrica de envio, na casa dos 10 milhões, no País. Nos últimos dois anos, do dia 15 ao dia 28 de abril, os envios saíam dos 10 milhões e avançavam rapidamente para a casa dos 20 milhões.

Mesmo que o prazo para envio tenha sido esticado, é importante saber que o período para restituições não sofreu alteração. Quem envia a declaração primeiro, geralmente, caso tenha direito, recebe a restituição também nos primeiros lotes. O fonoaudiólogo Lucas Costa, 26, enviou sua declaração no dia 5 de março, e já conta com o dinheiro da restituição para ajudar a conter o impacto da pandemia no orçamento. “Eu atuo de forma autônoma, então, chegando logo, esse dinheiro se torna um complemento importante durante essa pandemia da covid-19. Muitos atendimentos que eu fazia não estão sendo realizados, e meu orçamento foi muito alterado”, confirma ele.

Este ano, o pagamento do primeiro lote da restituição está previsto para o dia 29 de maio; o segundo, 30 de junho; terceiro, 31 de julho e quarto, 28 de agosto. O quinto e último lote começa a ser pago em 30 de setembro.

Embora tenha havido uma redução no número de declarações enviadas, o prolongamento adotado pela Receita visa justamente impedir que as pessoas se aglomerem em busca de atendimento nas unidades da Receita Federal e em escritórios de contabilidade. Para atendimento na Receita Federal, os contribuintes podem utilizar os canais de Atendimento Virtual através do site www.receita.economia.gov.br. Nos casos que não for possível resolver pelo site, o atendimento pode ser feito por e-mail através do: [email protected].

Para quem precisa de ajuda para envio das declarações, a Uninassau de Olinda tem disponibilizado orientação online aos contribuintes. O atendimentos são realizados pelos estudantes do curso de Ciências Contábeis da instituição, sob a orientação dos professores. O atendimento é feito por meio de chamadas de vídeo por WhatsApp, mantendo a segurança das informações do contribuintes, segundo a Uninassau. Para realizar o agendamento, os interessados devem enviar a solicitação para o e-mail: [email protected].

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