COMÉRCIO

Ceasa altera horário de funcionamento e endurece medidas contra o coronavírus

Novas ações começam a valer a partir desta quarta-feira (6)

Katarina Moraes
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Katarina Moraes
Publicado em 06/05/2020 às 7:45 | Atualizado em 06/05/2020 às 12:51
JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
Ceasa funcionará das 3h às 17h a partir desta quarta-feira (6) - FOTO: JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM

Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), que permanece aberto em tempos de isolamento social por ser enquadrado como comércio essencial, adotou novas medidas contra o novo coronavírus com validade a partir desta quarta-feira (6). Agora, com horário estendido em 2h, o local funcionará das 3h às 17h, de segunda a sábado, e todos os clientes vão ser obrigados a usar máscara para entrar no local, a partir de orientação e eventual pedido para se retirar do Ceasa.

Antes das mudanças ocasionadas pela pandemia, o Ceasa fechava às 18h e recebia cerca de 65 mil pessoas por dia. Após ter sido observada pela direção uma redução de 8 a 10% no fluxo de pessoas, chegando a 52 mil pessoas por dia, em média, o centro passou a funcionar até as 15h, desde 25 de março. O presidente do Ceasa, Gustavo Melo, explica que a decisão em estender novamente o horário de funcionamento foi tomada após um aumento no número de clientes, observado na última semana. "A gente reduziu até às 15h porque estávamos tendo uma redução de fluxo de 8 a 10%, mas da semana passada para cá, aumentou assustadoramente. As decisões são dinâmicas, a realidade de hoje talvez não seja a mesma de amanhã", disse Gustavo.

Para evitar aglomerações, o Centro orienta que os consumidores individuais se dirijam ao local a partir das 9h da manhã, que é quando grande parcela dos comerciantes de mercadinhos e padarias já fizeram suas compras. O presidente Gustavo Melo garante: não vai faltar alimento e o preço seguirá o mesmo. "A gente tem orientado que, nas primeiras horas do dia, que é quando o Ceasa está muito cheio, a população deixe para os comerciantes abastecerem os mercados, padarias. E que essa população possa vir tranquilamente a partir das 9h da manhã."

Uso de máscaras

Outra ação do centro de abastecimento foi tornar obrigatório o uso das máscaras para os cerca de 65 mil clientes que passam no local diariamente. Isto porque, de acordo com presidente, metade dos compradores não seguem a orientação do Estado para usar o artefato, ao contrário dos colaboradores que, segundo ele, entre 90 e 95% deles, estimados em 20 mil, respeita o decreto estadual válido desde 27 de abril que obriga o uso de máscaras para trabalhadores em funcionamento autorizado e indica o uso para todos os cidadãos.

"Desde que o governador fez um decreto que exigiu que os serviços essenciais funcionasse com os funcionários usando máscara, 90 a 95% dos comerciantes do Ceasa tem atendido. Mas os compradores, sobretudo os novos, muitos não estão [usando], cerca de 50%", disse o presidente.

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A direção do Ceasa notou um crescimento de cerca de 10 mil pessoas no fluxo diário na última semana - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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O presidente do Ceasa, Gustavo Melo, afirmou que o centro decidiu tornar uso de máscaras obrigatório após observar que apenas 50% dos clientes usavam o artefato - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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A direção do Ceasa notou um crescimento de cerca de 10 mil pessoas no fluxo diário na última semana - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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O presidente do Ceasa, Gustavo Melo, afirmou que o centro decidiu tornar uso de máscaras obrigatório após observar que apenas 50% dos clientes usavam o artefato - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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A direção do Ceasa notou um crescimento de cerca de 10 mil pessoas no fluxo diário na última semana - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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O presidente do Ceasa, Gustavo Melo, afirmou que o centro decidiu tornar uso de máscaras obrigatório após observar que apenas 50% dos clientes usavam o artefato - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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A direção do Ceasa notou um crescimento de cerca de 10 mil pessoas no fluxo diário na última semana - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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O presidente do Ceasa, Gustavo Melo, afirmou que o centro decidiu tornar uso de máscaras obrigatório após observar que apenas 50% dos clientes usavam o artefato - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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A direção do Ceasa notou um crescimento de cerca de 10 mil pessoas no fluxo diário na última semana - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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O presidente do Ceasa, Gustavo Melo, afirmou que o centro decidiu tornar uso de máscaras obrigatório após observar que apenas 50% dos clientes usavam o artefato - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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Quinze pias móveis devem ser instaladas nos oito galpões abertos do Ceasa até a próxima semana - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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A direção do Ceasa notou um crescimento de cerca de 10 mil pessoas no fluxo diário na última semana - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM
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Ceasa funcionará das 3h às 17h a partir desta quarta-feira (6) - JAILTON JÚNIOR/JC IMAGEM

No entanto, a direção do Ceasa infirmou à reportagem que a mudança será gradativa. Primeiro, haverá orientação, e, depois, os compradores que não cumprirem a medida serão convidados a se retirar. "Hoje (quarta) vai ser mais conversa, amanhã (quinta) a gente começa a proibir alguns veículos, até que chegue à conscientização da população de que é preciso usar máscara. A gente vai convidar algumas pessoas a se retirarem, mas será mais educativo, informando que não vamos permitir entrada sem máscara", expôs Gustavo Melo.

De acordo com o site oficial, o corpo de segurança foi reforçado com mais de 15 colaboradores para fiscalização o cumprimento da medida.

Ações de prevenção

Dez pias móveis foram instaladas nesta quarta-feira no Ceasa para estimular os transeuntes a lavarem as mãos, medida eficaz na prevenção da covid-19, e, até a próxima semana, mais cinco serão colocadas nos oito galpões abertos, segundo a direção. O presidente Gustavo Melo, ainda listou, na última semana, em entrevista à Rádio Jornal, uma série de cuidados que foram implementados no centro de distribuição desde a chegada da pandemia em Pernambuco. Confira:

  • Carros de som circulam pelo centro e divulgam alertas sobre o perigo do vírus;
  • Organização das filas nos bancos;
  • Distribuição de máscaras para os colaboradores;
  • Fechamento das atividade do albergue, onde dormiam entre 50 a 60 colaboradores por dia;
  • Proibição dos jogos de apostas;
  • Apenas ambulantes que vendem alimentos estão autorizados a comercializar;
  • Lavagem diária nos galpões;
  • Higienização dos corrimões dos bancos com álcool a 70%;
  • Limpeza diária dos pisos e das calçadas;
  • Limitação de acesso nas lojas fechadas;
  • Aferição da temperatura corporal na entrada.

Dessas, apenas a aferição da temperatura corporal, colocada em prática no dia 27 de abril, foi interrompida. A presidência relata que parou de fazê-la porque quem estava medindo eram seguranças e colaboradores e muitos dos clientes informavam ter temperatura mais altas naturalmente, e eles não sabiam como lidar. "Muita gente, quando tinha a temperatura aferida, informava que a temperatura era mais alta por tomar certo remédio".

Na entrada e dentro do Ceasa, um termômetro à laser era direcionado para a testa das pessoas e, caso esta apresentasse temperatura de 37,5º ou mais, era proibida de entrar ou orientada a procurar um posto médico. Gustavo Melo afirmou que pedirá orientações da Secretaria de Saúde para continuar com a ação. "Esse pessoal de segurança e mercado não é o mais indicado para discutir temperatura corporal, então eu recolhi os termômetros e vou pedir orientação técnica a Secretaria de Saúde para orientação", garantiu. 

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