Crise

Boeing tem prejuízo de US$ 2,4 bi e prevê cortes

A empresa disse ainda que deve aumentar gradualmente a produção do avião para 31 unidades por mês no início de 2022

Estadão Conteúdo
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Publicado em 29/07/2020 às 20:49 | Atualizado em 29/07/2020 às 20:49
REUTERS/Arnd Wiegmann/Direitos Reservados
Avião Boeing 747 - FOTO: REUTERS/Arnd Wiegmann/Direitos Reservados
A Boeing anunciou ontem perdas acima do esperado no segundo trimestre e afirmou que provavelmente reduzirá ainda mais sua produção e força de trabalho em função dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. A gigante aeroespacial, que já havia suspendido o pagamento de dividendos para os acionistas e anunciado uma redução de 10% em sua equipe, afirmou ainda que interromperá a produção do icônico Jumbo 747 e atrasará os planos de produção de outras aeronaves comerciais.
"Infelizmente, o impacto prolongado do covid-19, que causou reduções adicionais em nossa produção e menor demanda por serviços comerciais, significa que teremos que avaliar ainda mais o tamanho de nossa força de trabalho", disse o presidente da companhia, Dave Calhoun, em uma mensagem para os funcionários. "Esta é uma notícia difícil, e sei que acrescenta incerteza em um momento já desafiador. Vamos tentar limitar o impacto sobre nosso pessoal o máximo possível no futuro." Em entrevista à CNBC, Calhoun disse que o mais recente aumento nos casos de coronavírus nos Estados Unidos tornou "mais difícil" a perspectiva de viagens de curto prazo. As companhias aéreas que chegaram a adicionar voos logo após uma breve onda de interesse, estão reduzindo a malha aérea novamente. A gigante aeroespacial sofreu uma perda de US $ 2,4 bilhões no segundo trimestre. A receita caiu 25%, para US $ 11,8 bilhões.
O impacto do coronavírus piorou a situação da Boeing, que já sofria com a crise em torno do modelo 737 MAX, em função de dois acidentes fatais ocorridos em março do ano passado. A Boeing afirmou que está avançando no processo para que o MAX seja certificado novamente.
A Boeing disse ainda que deve aumentar gradualmente a produção do avião para 31 unidades por mês no início de 2022, um atraso em relação ao plano anterior, que previa atingir esse nível em 2021, e longe da meta anterior de 57 por mês até 2020. (Agências Internacionais)
 

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