A Região Metropolitana do Recife (RMR) registrou a maior prévia da inflação no acumulado do ano. No período de janeiro a agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 2,04% no Grande Recife. Nacionalmente, o índice acelerou 0,90%. Além disso, a RMR teve alta de 0,28% em agosto. Com o resultado, a região foi a localidade com o terceiro maior IPCA-15 no país, pelo segundo mês seguido, atrás apenas de Belo Horizonte (0,37%) e Porto Alegre (0,30%). Quando levado em consideração a soma dos 12 últimos meses, o Grande Recife marcou aumento de 2,64%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (25).
» Ipea revê crescimento do PIB agropecuário para 1,5% este ano
O IPCA-15 mede as variações de preço em nove grupos de produtos e serviços cujos valores foram coletados entre 15 de julho e 13 de agosto. Neste período, o maior incremento ocorreu no setor de comunicação, com oscilação positiva de 2,01%. Mais uma vez, o grupo de habitação acumulou o segundo maior índice, com 1,27%, seguido pelos artigos de residência, com 1,07%. Os outros setores com alta da inflação no período foram os de transportes (0,97%) e saúde e cuidados pessoais (0,27%).
» Instituições financeiras preveem queda de 5,46% na economia este ano
Do outro lado, quatro grupos tiveram queda em agosto na RMR. A venda de alimentos e bebidas teve um recuo de –0,92%, a maior queda registrada no mês de julho. Em segundo lugar, estão os gastos com vestuários, que caíram -0,82%. Este também foi o grupo de produtos e serviços que marcou a maior queda acumulada do ano, chegando a -1,92%. O outro setor em baixa é o de educação, com -0,07%. As despesas pessoais, por sua vez, marcaram -0,01% em agosto em comparação a julho.
Neste mês, o acesso à internet, com alta de 12,18%, foi o serviço com o maior reajuste de preços, segundo o IPCA-15 da Região Metropolitana do Recife, levando o setor de comunicação a ter a maior alta do mês de agosto. O melão (11,75%), a maçã (7,87%) e a melancia (7,30%), do grupo de alimentos e bebidas, ocupam, respectivamente, a segunda, terceira e quarta posição no ranking das altas. O óleo diesel está em quinto lugar, com aumento de 6,1%, e, entre os dez produtos e serviços com maior oscilação positiva entre julho e agosto, há dois representantes do setor de construção: o cimento (5,5%), em 6º lugar, e o revestimento de piso e parede (4,74%), em 8º lugar.
Por outro lado, todos os dez produtos com maior deflação na RMR no último mês fazem parte do grupo de alimentos e bebidas. São eles: a batata-inglesa (-27,18%), que também já havia registrado a maior queda no mês anterior; o alface (-23,94%), a cebola (-17,16%), a banana prata (-16,94%), os tubérculos, raízes e legumes em geral (-14,64%), o cheiro-verde (-13,14%), a laranja-pera (-12,55%), as hortaliças e verduras em geral (-12,30%), a batata-doce (-12,25%) e a cenoura (-11,61%).
No Brasil, o IPCA-15 foi de 0,23% este mês contra 0,30% em julho, marcando uma desaceleração na alta de preços. No ano, o indicador acumulou alta de 0,90% e, em 12 meses, atingiu 2,28%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em agosto. Os Transportes (0,75%) registraram o maior impacto positivo no índice do mês, com 0,15 ponto percentual (p.p.), embora tenha havido desaceleração em relação a julho (1,11%).
Já a maior variação positiva veio dos Artigos de residência (0,88%), que subiram pelo quarto mês seguido. Os preços dos produtos e serviços de Habitação (0,57%) e Alimentação e bebidas (0,34%) também subiram, com impactos de 0,09 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente. No lado das quedas, o destaque foi Educação (-3,27%), com contribuição de -0,21 p.p. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,63% em Vestuário e a alta de 0,86% em Comunicação.