O ministro de Desenvolvimento Regional,
Rogério Marinho, afirmou que o presidente
Jair Bolsonaro "baterá o martelo na sexta-feira (28)" sobre as alternativas de implementação do programa de distribuição de recursos
Renda Brasil. "Teremos uma reunião técnica na sexta-feira pela manhã com os técnicos de cada ministério e no final da tarde, com o presidente da República, teremos a oportunidade de definir qual a política que será apresentada ao Congresso", afirmou Marinho em entrevista à rádio
Bandeirantes nesta quarta-feira, dia 26.
De acordo com Marinho, em princípio a decisão é de prorrogar o atual auxílio emergencial até dezembro com a redução gradual do valor repassado e, a partir de janeiro do próximo ano, implementar o novo programa de distribuição de renda. Sobre as formas de financiamento do programa, o ministro afirmou que prefere não especular sobre o fundo que viabilizará os repasses nem antecipar a decisão a ser tomada na sexta-feira.
Marinho disse também que esteve reunido nesta quarta-feira com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, após a ausência de Guedes na terça-feira na cerimônia de lançamento do programa Casa Verde e Amarela. Guedes tem sido uma voz dentro do governo a favor da agenda liberal e publicamente contra a expansão dos gastos públicos em infraestrutura, defendida por Marinho.
Renda Brasil
Um desenho preliminar do Renda Brasil, o novo programa do governo que vai substituir o Bolsa Família, prevê um orçamento anual de R$ 51,7 bilhões e 57,3 milhões de pessoas beneficiadas (18,6 milhões de famílias), segundo proposta em discussão no Ministério da Economia. O redesenho do programa propõe elevação do benefício médio de R$ 190,16 para R$ 232,31.
Hoje, o Bolsa Família inclui 13,2 milhões de famílias, o que alcança 41 milhões de pessoas a um custo de cerca de R$ 32 bilhões ao ano. Poderão entrar no programa famílias com renda per capita mensal até R$ 250, a chamada linha de pobreza para acesso ao benefício. Esse limite é hoje de R$ 178,00.
Preocupado em criar uma marca própria de apelo social e, ao mesmo tempo, suplantar programas de governos anteriores, o Palácio do Planalto trabalha para que o Renda Brasil se torne uma alternativa para parte das famílias que passaram a receber o auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia da covid-19.
Um desenho preliminar do Renda Brasil, o novo programa do governo que vai substituir o Bolsa Família, prevê um orçamento anual de R$ 51,7 bilhões e 57,3 milhões de pessoas beneficiadas (18,6 milhões de famílias), segundo proposta em discussão no Ministério da Economia. O redesenho do programa propõe elevação do benefício médio de R$ 190,16 para R$ 232,31.