A taxa de desemprego teve avanço estatisticamente significativo em 11 das 27 Unidades da Federação (UFs) na passagem do primeiro trimestre para o segundo trimestre de 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desocupação no total do País no segundo trimestre foi de 13,3%, ante 12,2% no primeiro trimestre, como foi informado na divulgação da Pnad Contínua mensal, no início de agosto. No segundo trimestre do ano passado, a taxa de desocupação era de 12%.
Em Pernambuco, a taxa de desemprego está em 15%. No Estado de São Paulo, a taxa de desocupação passou de 12,2% no primeiro trimestre para 13,6% no segundo trimestre. As maiores taxas no período de abril a junho foram observadas na Bahia (19,9%), em Sergipe (19,8%) e em Alagoas (17,8%). Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (6,9%), Pará (9,1%) e Rio Grande do Sul (9,4%).
A maior alta do primeiro para o segundo trimestre ocorreu em Sergipe, cuja taxa de desemprego apresentou alta de 4,3 pontos porcentuais (p.p.). outros aumentos relevantes ocorreram em Mato Grosso do Sul (+3,7 p.p.) e Rondônia (+2,3 p.p). Segundo o IBGE, apenas Amapá e Pará tiveram queda na taxa (-5,8 p.p. e -1,6 p.p., respectivamente). Os demais Estados apresentaram estabilidade na taxa de desemprego.
A pesquisa ainda mostra diferenças na taxa de desocupação entre homens e mulheres. No 2º trimestre de 2020, a taxa foi estimada em 12,0% para os homens e 14,9% para as mulheres.
A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade, (29,7%), apresentou patamar elevado em relação à taxa média total. A maior taxa de desocupação ocorreu entre os menores de idade (42,8%). A menor, entre os idosos (60 anos ou mais) com 4,8%.
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto foi a maior, com 22,4%. O índice para quem tinha nível superior incompleto foi de 15,8%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo, 6,4%.
Já a taxa de desocupação desagregada por cor ou raça mostrou que o índice dos que se declararam brancos (10,4%) ficou abaixo da média nacional. Entretanto, as taxas das pessoas que se declararam pretas (17,8%) e pardas (15,4%) ficaram acima.