Fim do ano

Mesmo com reabertura, CDL Recife prevê menor contratação de temporários em 2020

No ano passado, foram cerca de 7 mil temporários contratados. Este ano, o esperado é de que sejam abertas 3 mil a 3,5 mil vagas

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Publicado em 26/10/2020 às 10:33
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ATRASO Expectativa é que as contratações comecem mais tarde este ano, provavelmente no fim de novembro - FOTO: LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM
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Mesmo com a reabertura de diversos setores, através do Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19 montado pelo governo do Estado, o diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife), Fred Leal, acredita que a contratação de temporários para as vendas do fim do ano terá uma queda em 2020. Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, ele afirmou que a expectativa é que as contratações comecem mais tarde este ano, provavelmente no fim de novembro, e que o número de vagas será reduzido em comparação com 2019.

No ano passado, foram cerca de 7 mil temporários contratados. Este ano, o esperado é de que sejam abertas 3 mil a 3,5 mil vagas. “Passamos um ano muito difícil, ainda há uma precaução muito grande do empresário lojista. Até porque, de maneira geral, excetuando alguns setores, estamos vendendo 60% a 70% do que vendia ano passado. A precisão é que cheguem ao fim do ano vendendo igual ao ano passado, ou um pouco menos, em valores absolutos”, disse Fred Leal.

Segundo ele, o que pode justificar o aumento nas vendas nos últimos meses, principalmente agosto e setembro, é um fenômeno chamado abertura do mercado. "Você tinha um consumo reprimido, como se tivesse segurando uma barragem. Você abre e ela vai em uma velocidade grande. O que a gente precisa analisar agora é se essa tendência vai continuar nos próximos meses", explica.

Leal relata que alguns setores, como o de confecção, sofreram bastante devido ao isolamento social e à falta de eventos sociais. Por outro lado, a parte de material de construção, alimentos, eletrodomésticos e farmácias cresceram durante a pandemia. "São setores que cresceram na crise. Atualmente, estamos com problema de matéria prima. Em todos os setores, então a gente está tendo uma preocupação de uma onda de aumento, de inflação", acrescenta.

Para ele, o que preocupa é o desemprego e a baixa oferta de vagas no fim do ano. "O varejo emprega muito, é uma mão de obra ostensiva. Acho que as contratações só vão ocorrer no fim de novembro, depende de muita coisa. O governo cada dia toma uma medida nova, então temos que acompanhar essa ajuda emergencial, nova renda cidadã, porque isso pesa muito no comércio", declara.

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