ICOM
Confiança do comércio da FGV cai 0,9 ponto em janeiro ante dezembro
Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 1,7 ponto, na terceira queda seguida
O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 0,9 ponto na passagem de dezembro de 2020 para janeiro, para 90,8 pontos, a quarta queda consecutiva, informou nesta quarta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 1,7 ponto, na terceira queda seguida.
- Auxílio contribuiu para redução da inadimplência em 2020, diz Boa Vista
- Recife é a campeã da inflação no IPCA-15, diz IBGE
- Caixa realiza liberação de saques do auxílio emergencial nesta quarta-feira; veja quem recebe
- Se tiver prorrogação do auxílio emergencial, não pode ter aumento para educação e segurança, diz Guedes
- Abertas as inscrições para seleção da Prefeitura de Betânia, em Pernambuco; salários passam de R$ 1,4 mil
- Veja as mais de 340 vagas de emprego abertas em Pernambuco nesta quarta (27)
Segundo a FGV, a queda da confiança dos comerciantes "segue sendo influenciada pela redução no ritmo de vendas atual, resultado da cautela dos consumidores". "Apesar do avanço das expectativas em relação aos próximos meses, a melhora ainda não reflete otimismo, apenas uma redução do pessimismo. Diante desse cenário, ainda não é possível vislumbrar uma retomada consistente do setor nos próximos meses, que depende da recuperação do mercado de trabalho e da confiança do consumidor", diz a nota da entidade.
Em janeiro, a confiança caiu em três dos seis principais segmentos do comércio e foi puxada pela piora da percepção sobre a situação atual. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) recuou 3,6 pontos, para 90,0 pontos, menor nível desde junho de 2020 (86,1 pontos), segundo a FGV. Na contramão, o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 2,0 pontos para 92,1 pontos, após uma queda de 2,6 pontos no mês anterior.
Conforme a nota da FGV, o movimento de queda no Icom nos últimos meses vem sendo puxado pelo ISA-COM. "Analisando as empresas em dois grupos, o de revendedores de bens essenciais e os de demais bens, é possível observar comportamentos diferentes ao longo da pandemia. O primeiro quase não sofre o impacto inicial justamente por revender itens de necessidades básicas, enquanto o segundo sofreu forte impacto e depois se recuperou. Nos últimos meses, ambos vêm percebendo piora do ritmo de vendas, sendo mais acentuada nos revendedores dos demais bens", diz a nota.
O fim do auxílio emergencial pago pelo governo e a lenta recuperação do mercado de trabalho são citados pela FGV como responsáveis pela moderação nas vendas. A coleta de dados para a edição de janeiro da Sondagem do Comércio foi realizada entre os dias 4 e 25 do mês, com informações de 803 empresas.