Bolsonaro visita o Ramal do Agreste nesta sexta (19), em Pernambuco, mas é preciso cobrar a conclusão da Adutora do Agreste
Para garantir que a água chegue à população do Agreste pernambucano é necessário concluir as duas obras, que são complementares
O presidente Jair Bolsonaro estará em Pernambuco nesta sexta-feira (19) para visitar as obras do Ramal do Agreste, em Sertânia, no Sertão. Ele vem participar do início dos testes e pré-operação do 1° trecho do Ramal. A obra, junto com a Adutora do Agreste, são as construções hídricas mais importantes do Estado, porque vão levar as águas do Rio São Francisco para o Agreste, região de maior déficit hídrico do Estado. O Ramal tem previsão de investimento de R$ 1 bilhão e a previsão é de que seja concluído até o final de 2021.
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A visita do presidente seria o momento do governo de Pernambuco e dos parlamentares da bancada estadual no Congresso cobrar a conclusão de outra obra: a Adutora do Agreste. Para garantir que a água chegue a casa das pessoas é preciso que as duas obras estejam em funcionamento. Isso porque o Ramal do Agreste será responsável pela captação da água e a Adutora do Agreste é o final do caminho, que faz a água chegar às casas.
Diferenças políticas têm interferido no andamento das obras
As diferenças políticas entre o governo socialista de Paulo Câmara e a gestão Bolsonaro têm interferido no andamento das obras, sobretudo da Adutora do Agreste, que enfrentou vários momentos de paralisação dos repasses de recursos. Atualmente, o Ramal do Agreste, que teve as obras iniciadas em 2018, está com a execução mais adiantada que a Adutora do Agreste, iniciada em 2013. Os dois empreendimentos de infraestrutura estão sendo construídos com recursos federais. O Ramal está na casa de 80% de execução, enquanto a Adutora está em torno de 65%.
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Enquanto a previsão do governo Federal é concluir o Ramal do Agreste este ano, pela previsão de repasses para a Adutora do Agreste ela vai ficar para 2022. Para concluir a Adutora são necessários R$ 220 milhões, mas a previsão da União é liberar R$ 150 milhões. Com isso, ficaria faltando R$ 70 milhões para finalizar a obra e empurraria o cronograma, que ficaria em descompasso com a obra complementar do Ramal.