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Guedes diz que há ideia de criar fundo com ativos da Petrobras para 'mais pobres'

Depois de o presidente Jair Bolsonaro questionar se o "Petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil?", Guedes defendeu o pagamento de dividendos para o "povo brasileiro"

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Estadão Conteúdo

Publicado em 02/03/2021 às 10:55
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo quer criar um fundo com ativos da Petrobras para pagar dividendos "principalmente a pessoas mais frágeis". Depois de o presidente Jair Bolsonaro questionar se o "Petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil?", Guedes defendeu o pagamento de dividendos para o "povo brasileiro".
"É o seguinte, ou paga dividendos para mais pobres, ou vende. Não pode Petrobras ficar dando prejuízo", afirmou. "Tem uma turma que começa com 'o petróleo é nosso', então pega os mais pobres e vamos dar um pedaço para eles. Temos ideia de fazer algo parecido um pouco à frente, criar um fundo e colocar ativos lá, principalmente para mais frágeis. Vamos fazer um programa de transferência na veia, pega os 20%, 30% mais pobres e dá a sua parte da Petrobras".
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As declarações foram gravadas por Guedes na última sexta-feira (26) para um podcast com o youtuber Thiago Nigro, do canal Primo Rico, que foi ao ar no início da manhã desta terça-feira. No programa, Guedes disse que as privatizações estão muito atrasadas, assim como a proposta de reforma tributária do governo. "A abertura comercial travou com a covid, mas vamos abrir de novo", garantiu.

'Doença de fúria e raiva'

No podcast, Paulo Guedes disse, ainda que há políticos que acham que "vão subir em cadáver" para vencer a eleição. "Vão perder", afirmou. No programa, o ministro afirmou que o Brasil está desenvolvendo uma "doença psicológica" com o excesso de fúria e brigas, o que tem atrapalhado o governo.
"Não é só a doença física do coronavírus, tem uma doença mental, psicológica se desenvolvendo no Brasil, de fúria e de raiva. E não adianta dizer que é só um lado, para brigar tem que ter dois lados. Isso é muito ruim, isso atrapalha", completou o ministro.
 

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