Desigualdade

Câmara aprova o texto-base da PEC Emergencial em 2° turno, mas falta governo detalhar quais serão as regras do auxílio

Medida Provisória que definirá as regras da nova rodada do auxílio emergencial está em fase de conclusão no Ministério da Cidadania. O que se sabe é que o valor médio mensal será de R$ 250, dividido em quatro parcelas

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 11/03/2021 às 20:41
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
DEMORA Alguns beneficiários ainda não sabem se receberão as parcelas - FOTO: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
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O repique de casos da covid-19 no Brasil pressionou o governo federal acelerar as discussões sobre uma segunda rodada de pagamento do auxílio emergencial para a população mais vulnerável. Nesta semana, avançou a tramitação na Câmara dos Deputados do texto-base da PEC Emergencial, que permite ao governo federal pagar um auxílio aos mais pobres em 2021. A versão foi aprovada nesta quinta-feia (11) em segundo turno. O que está em dúvida ainda é o desenho do modelo desse novo auxílio. O que se sabe até agora é que o valor médio do auxílio será de R$ 250 por mês, pago em quatro parcelas entre março e junho. 

Ainda existem dúvidas se o mesmo cadastro servirá para esta nova rodadas, se todos os beneficiário vão receber, se haverá possibilidade de novos cadastramentos e se as mulheres chefes de família vão receber um valor maior. Na primeira versão do auxílio, o valor médio pago era de R$ 600 e as chefes de família recebiam o dobro (R$ 1,2 mil). 

>> Auxílio emergencial: saiba quem terá direito a nova rodada do benefício e os valores das parcelas

Questionado pelo JC, o Ministério da Cidadania - responsável pela coordenação do auxílio emergencial - informou que ainda aguarda a tramitação da PEC Emergencial na Câmara. "O Ministério da Cidadania trabalha na conclusão dos detalhes da Medida Provisória e aguarda a tramitação da PEC na Câmara dos Deputados. Após a finalização desses processos, os pagamentos terão início o mais breve possível. O valor médio deverá ser de R$ 250, em quatro parcelas", afirma a nota. 

Sobre a dúvida se o cadastramento anterior será válido e se todos os cadastrados receberão o benefício nesta nova rodada, o Ministério diz que o propósito é atender a parcela mais vulnerável da população, sinalizando que o número de pessoas deverá diminuir. "Vale destacar que o trabalho de cadastramento realizado no ano passado, que identificou os trabalhadores informais "invisíveis", o cruzamento contínuo de dados realizado pelo Governo Federal e as ações de controle e fiscalização para evitar recebimentos indevidos permitem que o novo Auxílio Emergencial seja direcionado à parcela mais vulnerável da população", diz o texto.

ARTES JC
AUXILIO - ARTES JC

VALORES

Esta semana, em entrevista à imprensa, o ministro da economia Paulo Guedes confirmou que o valor médio do auxílio deverá ser de R$ 250, mas com variantes entre os beneficiários. Segundo ele, uma família monoparental, dirigida por uma mulher, deve receber R$ 375; já um homem sozinho deve receber R$ 175 e para um casal, o benefício deve ser de R$ 250. Ante, até duas pessoas da família poderiam receber o auxílio, mas agora apenas um receberá. 

No ano passado, 68 milhões de brasileiros foram beneficiados pelo auxílio emergencial no País, o equivalente a um terço da população nacional. Do total de pessoas que receberam os recursos, 55% eram mulheres. O auxílio destinou cerca de R$ 294 bilhões para socorrer os brasileiros mais necessitados durante a pandemia, que paralisou a economia. Em Pernambuco, 3,6 milhões de pessoas receberam o auxílio, com o Estado ficando em 5° lugar entre os principais beneficiados do Brasil. 

EXPECTATIVA

A segunda rodada do auxílio emergencial é alternativa de renda para as pessoas de baixa renda e que ainda não conseguiram se recolocar no mercado de trabalho. "O auxílio pode garantir alguma renda a quem está em situação de vulnerabilidade, porque o mercado de trabalho ainda não respondeu e contribua deteriorado, em estado crítico. Ainda não aconteceu uma recuperação do emprego formal para que se tenha uma renda sustentável. Em 2020 o governo destinou quase R$ 300 bilhões para o auxílio emergencial e este ano a previsão é de R$ 44 bilhões. "Com esse valor menor, as pessoas vão consumir pelo menos o básico, a alimentação. Já no ano passado, o benefício foi importante não só para supermercados e farmácia, mas também para material de construção, móveis e eletrodomésticos", analisa o economista da Fecomércio, Rafael Ramos. 

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População aguarda, ansiosa, a nova rodada de pagamento do auxílio emergencial - FOTO:NE10
MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
O novo auxílio emergencial será pago em quatro parcelas - FOTO:MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
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AUXILIO - FOTO:ARTES JC

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