Coletiva

Plano de Convivência pode ser adaptado a partir dos números da saúde e eficácia das medidas, diz secretária de Desenvolvimento Econômico

Participaram da coletiva o secretário estadual de Saúde, André Longo, e a secretária-executiva de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Vilaça

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Luisa Farias

Publicado em 27/05/2021 às 17:36 | Atualizado em 27/05/2021 às 19:03
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Atualizada às 17h47

Durante coletiva virtual, realizada na tarde desta quinta-feira (27) pelo Governo de Pernambuco, a secretária-executiva de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Vilaça, alertou para a possibilidade de eventuais mudanças no Plano de Convivência com a covid-19 a depender da situação da pandemia em cada uma das regiões do estado. 

"Vale ressaltar que o que a gente tem um Plano de Convivência. Esse plano pode ser adaptado, ajustado a partir da avaliação dos números da saúde, bem como da eficácia da medida tomada. Se a gente verifica que alguma atividade não está cumprindo os protocolos, essa atividade sofre uma nova adequação, uma nova medida para que sejam cumpridos todos os protocolos sanitários", afirmou a secretária. 

A coletiva foi convocada dois dias após a publicação de um decreto estadual com novas restrições no estado. Pernambuco - em especial o agreste e alguns municípios da Zona da Mata - enfrenta situação crítica em relação aos números da covid-19 e a ocupação de leitos hospitalares, o que levou o governo estadual a adotar medidas para tentar conter o avanço da doença. Além de Ana Paula Vilaça, também participou da coletiva o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Essas novas medidas foram anunciadas antes mesmo do final da vigência do decreto anterior, que havia prorrogado as restrições até o dia 6 de junho. "Quando identificamos uma aceleração maior no Agreste, esse plano foi reformulado. É um plano (de convivência) extremamente dinâmico, flexível, que se molda à realidade de cada município, de cada região do estado de Pernambuco. Quando a gente sente a necessidade de uma medida mais severa, nós tomamos de imediato, buscando, claro, o equilíbrio entre a retomada das atividades sociais e econômicas e a priorização da saúde e salvar vidas", ressaltou Ana Paula Vilaça. 

De acordo com o novo decreto (nº 50.752/2021) em cidades do Agreste e da Zona da Mata, está proibido o funcionamento de estabelecimentos e atividades econômicas e sociais de forma presencial entre do dia 26 de maio a 6 de junho.

Estão inclusos 12 municípios da 2ª Gerência Regional de Saúde (Geres) e os 53 municípios das 4ª e 5ª Geres, com sede em Caruaru e Garanhuns, respectivamente.

"A gente precisa frear essa alta da contaminação em 65 municípios de Pernambuco de modo especial. A partir daí, todas as atividades permanecem suspensas, com exceção daquelas que estão elencadas no nosso anexo II do decreto, que trata de atividades como supermercados, padarias, postos de gasolina, farmácia, lojas de material de informática, lojas de ração animal", apontou Ana Paula Vilaça. 

ARTES JC
Decreto do Governo é válido a partir desta quarta-feira (26) - ARTES JC

Já na 1ª macrorregião do estado, que contempla a Região Metropolitana do Recife (RMR) e cidades da Zona da Mata, nos finais de semana apenas as atividades chamadas de permitidas podem funcionar. Entre elas, estão estabelecimentos como supermercados, padarias, mercadinhos, postos de gasolina e farmácias. Os restaurantes só poderão atuar no esquema de delivery nos sábados, domingos. O comércio nas praias também segue proibido nesses dias. 

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Decreto do Governo é válido a partir desta quarta-feira (26) - ARTES JC

No Sertão, por sua vez, que inclui as 3ª e 4ª macrorregiões, as atividades em geral continuam funcionando de segunda a sexta-feira até as 20h e nos finais de semana até as 18h. 

Covid-19

Nesta quinta-feira (27), Pernambuco registrou 2.527 novos casos de Covid-19 e 71 novos óbitos. Com isso, o estado já totaliza 472.590 casos confirmados e 15.595 ocasionadas pela doença desde o início da pandemia. 

>> Pernambuco confirma nesta quinta (27) mais2.527 casos e71 mortes causadas pela covid-19

O estado tem tendência de alta na média móvel dos casos pelo 13º consecutivo. A média móvel é considerada o melhor índice para mostrar um retrato mais fiel situação da pandemia em determinado território. O cálculo é feito a partir da média de novos casos registrados nos últimos sete dias (contando com o dia medido) comparada aos 14 dias anteriores.

A média móvel desta quinta (27) é de 2.838, que representa um aumento de 17% em relação à duas semanas atrás. A média móvel de mortes, por sua vez, está em tendência de estabilidade pelo quarto dia consecutivo. A média ficou em 58.

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