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Confiança dos consumidores se estabiliza após quatro meses em alta

Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, também apontou queda no otimismo em relação a situação econômica do País nos próximos meses

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Edilson Vieira

Publicado em 25/08/2021 às 15:01
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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), do FGV IBRE, recuou 0,4 ponto em agosto, para 81,8 pontos, um patamar considerado baixo em termos históricos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 1,89 ponto, para 81,6 pontos, na terceira alta seguida.

Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da sondagem, apontou retração na confiança tanto de pobres quanto de ricos. “Após quatro meses em alta, a confiança dos consumidores acomodou em patamar ainda baixo em termos históricos. Há maior dificuldade entre os consumidores de menor poder aquisitivo, que enfrentam uma combinação de desemprego e inflação elevados e de crescimento do endividamento nos últimos meses. A confiança dos consumidores de maior poder aquisitivo, que tem oscilado em níveis mais elevados, também recuou em agosto, possivelmente em função do aumento da incerteza em relação à pandemia com o avanço da variante Delta no país, ao adicionar dúvidas quanto ao ritmo possível de crescimento econômico nos próximos meses”, afirmou.

PERCEPÇÃO

Em agosto, houve diminuição da satisfação dos consumidores sobre a situação atual e acomodação das expectativas sobre os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu -1,1 ponto, para 69,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) ficou praticamente estável ao variar 0,1 ponto, para 90,9 pontos.

A percepção de piora da situação atual foi influenciada pelo quesito que mede a satisfação sobre as finanças familiares que caiu 2,8 pontos, para 63,0 pontos, menor nível desde abril. Enquanto as avaliações sobre à situação econômica geral apresentou leve aumento de 0,6 ponto em agosto, para 77,2 pontos, maior valor desde março de 2020 (82,1).

ESTABILIDADE

Com relação aos próximos meses, o indicador que mede o otimismo em relação à situação econômica caiu 4,5 pontos, para 111,8 pontos enquanto as perspectivas sobre a situação financeira das famílias continuam girando em torno dos 92 pontos. O indicador ficou relativamente estável ao variar 0,5 ponto, para 92,5 pontos, maior valor desde novembro de 2020.

A análise por faixas de renda revela piora da confiança para todas as faixas de renda, exceto para os consumidores com renda entre R$2.100,01 e R$4.800,00, cujo indicador subiu 2,9 pontos, para 76, maior valor desde dezembro de 2020.

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