Vendas do comércio em Pernambuco continuam em queda e tiveram o pior resultado do ano em agosto, diz IBGE

Desde março, vendas do comércio não apresentavam resultado tão negativo, com queda de 2,6% em Pernambuco. Resultado do Estado também foi o pior do Noedeste
Adriana Guarda
Publicado em 06/10/2021 às 15:37
CONJUNTURA Queda nas vendas do comércio foi uma tendência nacional. Varejo brasileiro recuou 3,1% Foto: FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEM


As vendas do varejo em Pernambuco continuam em queda. Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (6), o setor registrou queda de 2,6% em agosto, na comparação com o mês anterior. Foi o pior desempenho da atividade desde março deste ano. A performance estadual foi a pior do Nordeste, mas ainda foi superior a do Brasil, que apresentou queda de 3,1%. No País, de todos os Estados pesquisados, apenas três tiveram resultado positivo. 

Já na comparação entre agosto de 2021 e o mesmo período de 2020, houve queda de 7,8% no volume do varejo em Pernambuco, superior à média nacional (-4,1%). Por outro lado, a variação acumulada no ano foi positiva, de 7,5%, maior do que o percentual alcançado pelo Brasil (5,1%). A variação acumulada de 12 meses teve resultado semelhante, com avanço de 7,4% no estado contra um aumento de 5% no País. 

MENOS PIOR

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, os índices foram mais favoráveis. Pernambuco teve uma queda de 1% nas vendas em agosto frente ao mês anterior, mas a queda no Brasil foi mais acentuada, de 2,5%. Entre julho de 2021 e o mesmo período de 2020, no entanto, o país manteve a estabilidade, enquanto o estado contabilizou um aumento de 9,3%. Na variação acumulada do ano, o avanço em PE foi ainda maior: 32,2%, contra 9,8% na média brasileira. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta de Pernambuco foi de 18%; já a alta no Brasil foi de 8%.

Das 13 atividades varejistas e suas subdivisões investigadas pela Pesquisa Mensal do Comércio, cinco tiveram alta em agosto de 2021 na comparação com o mesmo mês do ano passado. Veículos, motocicletas, partes e peças tiveram o maior crescimento, de 64,2%, e ajudaram a melhorar o índice geral do comércio varejista ampliado. Os outros segmentos com variação positiva foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (24,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (8,2%), Tecidos, vestuário e calçados (5,7%) e Combustíveis e lubrificantes (5,6%). A maior queda ficou por conta dos eletrodomésticos, com retração de 31,4%.

“As quedas mais expressivas foram as que tiveram algum crescimento ano passado por conta do distanciamento social e adaptação ao trabalho remoto. As altas, em movimento contrário, refletem a recuperação de atividades que sofreram bastante durante a pandemia. Um outro componente que contribuiu com a queda nas vendas é a inflação. Com menos renda disponível, a população está priorizando o consumo de itens essenciais”, explica a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.

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