Foi abastecer neste 1º de novembro? Gasolina está quase R$ 0,10 mais cara, o diesel R$ 0,05 e o etanol R$ 0,02. De novo? Entenda
Depois do reajuste da Petrobras na semana passada, agora foi a vez do governo de Pernambuco aumentar o preço médio ponderado ao consumidor final. Além disso, Bolsonaro fala sobre novo aumento em 20 dias. Onde isso vai parar?
Não se espante se você for abastecer hoje, naquele mesmo posto que já reajustou o combustível na semana passada, e encontrar um novo aumento nas bombas. É que a partir desta segunda-feira (1º), começou a valer o novo preço médio ponderado dos combustíveis, determinado pelo governo de Pernambuco. No caso da gasolina, o valor médio passou de R$ 5,8800 para R$ 6,186. Na prática, isso quer dizer que a gasolina está R$ 0,09 mais cara, o diesel R$ 0,05 e o etanol R$ 0,02.
O presidente do sindicato dos empresários dos postos de combustíveis em Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Pinheiro Ramos, explica que o mercado é livre e que os estabelecimentos podem ou não acrescentar o reajuste total ou parcial definido pelo governo. "Os empresários vão fazer suas planilhas e calcular se aumentam ou não. Em muitos casos, os postos seguram parte do aumento para evitar uma queda ainda maior no consumo", diz.
No caso dos que decidirem aumentar, nos postos que estavam cobrando R$ 6,59 pelo litro da gasolina, o valor vai aumentar para R$ 6,68. Os que estavam cobrando R$ 6,79 podem subir para R$ 6,88 e os que comercializavam por R$ 7,00 vão subir para R$ 7,09. Isso tudo depois de a Petrobras aumentar o preço do litro da gasolina em 7,04% para as distribuidoras no dia 26. Não bastasse toda essa escalada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (1º) que a Petrobras vai promover um novo reajuste nos próximos 20 dias.
CONGELAR COM PREÇO ALTO
No final da semana que passou, os secretários da Fazenda de todo o Brasil decidiram, por unanimidade, durante reunião virtual do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), congelar o preço médio ponderado dos preços dos combustíveis por um período de 90 dias. A ideia é sensibilizar a Petrobras a sinalizar com uma mudança na sua política atual dos preços dos combustíveis, atrelada ao dólar e ao mercado internacional.
No caso de Pernambuco, o valor foi congelado logo após um reajuste no preço médio, que veio logo em seguida de um aumento da Petrobras. No mercado, as críticas são sobre a efetividade desse congelamento.