BALANÇO

Vendas do comércio no final deste ano devem ficar no mesmo patamar de 2020, diz CDL Recife

O presidente da CDL Recife, Fred Leal, diz que o comércio espera ter vendas no mesmo patamar do final do ano passado. Ele cita a inflação como um fator negativo e a abertura dos bares, restaurantes e eventos, como um impacto positivo neste final de ano no comércio

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Angela Fernanda Belfort

Publicado em 09/12/2021 às 17:24 | Atualizado em 09/12/2021 às 17:56
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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fred Leal, disse que a que expectativa é de que este final de ano seja razoável e com vendas parecidas com as que ocorreram no fim do ano passado. Ele enumerou pelo menos dois fatores que podem impactar esta movimentação. "Este ano, não vai ser tão bom quanto se esperava no meio do ano. Não tivemos um novembro bom. A Black Friday não foi aquilo que se esperava. A expectativa é que seja um fim de ano bom, mas não vai ser um estouro", afirma. Ele concedeu a entrevista no lançamento da campanha Natal Premiado que ocorreu na manhã desta quinta-feira (09). 

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Tradicionalmente, o final de ano é uma das melhores datas de venda para o comércio. Para Fred, há dois fatores que vão impactar diretamente as vendas do fim do ano do comércio. "Este ano, temos um problema que é a inflação, incluindo a dos serviços. O consumidor está muito endividado. As pessoas vão comprar um presente mais barato, porque aumentaram os preços da energia, do gás e da gasolina. Isso tudo pesa no bolso de cada consumidor", revela Fred Leal. Ele disse que a expectativa é de que o ticket médio por consumidor decresça em valor este ano por causa da inflação e endividamento, como foi citado acima. 

Fred cita também que outro fator que vai impactar, positivamente, as vendas do comércio neste final de ano é o funcionamento dos bares, restaurantes e eventos. "Isso é importante, porque gera retorno para o comércio também", comenta. No ano passado, os bares, restaurantes e eventos estavam com restrições de funcionamento ou com os serviços suspensos por causa da pandemia do novo coronavírus.

2022

"Estamos cautelosos para 2022, porque é um ano que nasce com muita incerteza e muitas indefinições em várias áreas, como a social, a política e a economia", diz Fred Leal. Ele argumenta também que a pademia foi muito ruim para o setor. "Em dezembro do ano passado, quando a gente achava que estava tudo resolvido, voltou tudo de novo. Este final de ano, quando as coisas pareciam estar melhorando, veio a ômicron, que pelo que dizem, parece ser mais contagiante e menos letal. A covid-19 veio para ficar e a gente vai ter que se vacinar com uma regularidade", revela. 

Ele constata também que a pandemia mudou os hábitos das pessoas, incluindo os familiares e os de relacionamento. "Isso acelerou o comércio eletrônico de uma forma fora do comum, a logística da entrega de produtos também avançou. Houve uma antecipação de várias tendências que chegariam ao comércio no futuro. Todas estas mudanças não são fáceis de entrar na cabeça dos lojistas", conclui. 

 

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