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IPCA: com alta da gasolina e de alimentos, inflação é a maior para março desde 1994

A inflação fechou março em 1,62%; confira o que teve alta

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Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 08/04/2022 às 10:46 | Atualizado em 08/04/2022 às 12:41
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Com informações da Agência Brasil
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março com alta de 1,62%.
Essa é a maior taxa para um mês de março desde a implantação do Plano Real, em 1994. Em março de 2021, o indicador foi 0,93%.
O índice foi informado, nesta sexta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro a inflação foi de 1,01%.
A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,20%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 11,30%, também acima do teto das estimativas, que era de 11,11%. O piso das projeções era de 10,29% e a mediana, de 11,00%.
O professor e economista Sandro Prado critica a gestão das políticas econômicas por parte do governo federal. "Somente na Região Metropolitana do Recife, o preço dos alimentos subiu 2,25% no mês de março, reflexo do aumento incomensurável, absurdo, do preço dos combustíveis, autorizado pelo governo. Não é momento de ficarmos calados, inertes, a esse descontrole da política econômica, que só faz acentuar a pobreza e a miséria em todos os cantos do Brasil, e que atinge diretamente a população de Pernambuco, que é um estado onde temos um dos maiores índices de desigualdade do País", explica.

Inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mede a inflação oficial e aponta que o maior impacto veio dos transportes, que subiram 3,02% no mês.
A taxa foi puxada pela alta nos combustíveis, que subiram 6,70% no período. A gasolina foi o item de maior impacto no IPCA de março (6,95%).


Outros combustíveis com alta de preços foram o óleo diesel (13,65%), gás veicular (5,29%) e etanol (3,02%). Também tiveram aumento itens como transporte por aplicativo (7,98%), seguro voluntário de veículo (3,93%) e conserto de automóvel (1,47%).

Alimentos

Depois dos transportes, aparecem os alimentos, com alta de 2,42%, puxada por itens como tomate (27,22%), cenoura (31,47%), leite longa vida (9,34%), óleo de soja (8,99%), frutas (6,39%) e pão francês (2,97%). A refeição fora de casa subiu 0,65%.

Oito dos nove grupos tiveram alta de preços: vestuário (1,82%), habitação (1,15%), saúde e cuidados pessoais (0,88%), despesas pessoais (0,59%), artigos de residência (0,57%) e educação (0,15%). O único com queda foi comunicação, com -0,05%.

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