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Petrobras não pode desviar da 'prática de preços de mercado', diz novo presidente

Além do lucro de R$ 44,5 bilhões de janeiro a março, Petrobras anunciou dividendos de R$ 48 bilhões

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Ana Maria Miranda

Publicado em 06/05/2022 às 14:02 | Atualizado em 06/05/2022 às 14:04
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Do Estadão Conteúdo
 
O presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, abriu nesta sexta-feira, 6, a videoconferência sobre o resultado da petroleira no primeiro trimestre do ano, o melhor para um primeiro trimestre da companhia, afirmando que após o saneamento da empresa, os acionistas e os brasileiros de maneira geral podem voltar a confiar na companhia para ter retorno dos seus investimentos. Além do lucro de R$ 44,5 bilhões de janeiro a março, divulgado na noite da quinta-feira, 5, mais de 3.700% maior do que há um ano, a empresa anunciou dividendos de R$ 48 bilhões.
 
"Não podemos nos desviar da prática de preços de mercado", afirmou Coelho aos analistas.
 
Ele explicou que, quanto mais forte é o resultado da empresa, mais impostos são recolhidos para a União, o que beneficia a sociedade. "A arrecadação de R$ 70 bilhões em impostos no primeiro trimestre promove mais empregos, permite que Estados e municípios façam investimentos", disse.
 
Na noite de quinta, um pouco antes da divulgação do balanço da empresa no primeiro trimestre do ano, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar os preços elevados dos combustíveis e pediu para a Petrobras não fazer reajustes, que, segundo ele, poderiam "quebrar o Brasil".
 
A Petrobras está há 57 dias sem mexer nos preços da gasolina e do diesel.
 
Coelho destacou, ainda, que o foco da empresa continuará no pré-sal, e que das 15 plataformas que a estatal está prevendo receber nos próximos cinco anos, 13 são para o pré-sal. "A perspectiva é de um aumento de 500 mil barris de petróleo por dia nos próximos cinco anos", disse, referindo-se ao Plano Estratégico da companhia 2022-2026.
 
O executivo também fez questão de ressaltar que, apesar dos desinvestimentos que estão sendo realizados, a estatal não vai sair da área de refino e nem de gás natural, que vão receber investimentos de US$ 7 bilhões até 2026.
 
Ele afirmou que esses desinvestimentos permitem o surgimento de outras empresas no setor, gerando empregos, renda e mais impostos, e que só uma empresa forte pode gerar valor para os acionistas. "Vamos trabalhar para produzir resultados ainda melhores e mais robustos", concluiu Coelho.

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