Com a proximidade das festas juninas, aumenta a procura pelo milho verde em Pernambuco. Seja cozido, assado ou usado como ingrediente em várias comidas típicas, o milho não pode faltar. A safra vai ser boa esse ano, com produção maior do que a de 2021 e qualidade também. O que vai assustar um pouco são os preços, porque a inflação também atingiu "o rei do São João". A mão de milho, com 50 espigas, vai custar em torno de R$ 35 e R$ 40, enquanto em 2021 era vendida por R$ 30.
O Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa-PE) espera comercializar 13 milhões de espigas de milho em junho deste, um volume 8% superior ao de 2021. O diretor técnico-operacional do Ceasa, Paulo de Tarso, explica que os preços da mão de milho vão subir este ano pressionados por uma série de aumentos na cadeia produtiva.
"Esse aumento se deve a vários fatores, como altos custos de produção e logística, que aumentaram demasiadamente este ano. Alguns exemplos foram sementes, com alta de 33%; fertilizantes, com reajuste de 157%; frete, com elevação de 56% (graças ao salto do diesel nas refinarias da Petrobras) e mão de obra, com aumento de 35%", detalha Tarso.
Mesmo com o avaço nos preços, a expectativa é que a comercialização aumente, estimulada pelo fim do período mais crítico da pandemia da covid-19 e da possibilidade de realizar festas.
PRODUÇÃO NO INTERIOR
Das 13 milhões de espigas de milho que o Ceasa deverá comercializar este ano, 80% são produdizas no interior de Pernambuco. O Estado é quase autossuficiente quando se fala no produto. Além da produção local, o milho também vem de Estados vizinhos como Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará.
"Em Pernambuco, a produção vem de municípios da Zona da Mata e do Agreste, como Gravatá, Chã Grande, Barra de Guabiraba, Bonito, Passira, Ibimirim, Lagoa do Itaenga, Agrestina, Vitória de Santo Antão e outros", enumera Tarso.
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