IBGE 2022

FGV IBGE 2022: instituto reconhece déficit de recenseadores e busca mais 15 mil; veja como se inscrever

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda tenta recrutar 15 mil funcionários temporários para chegar ao número ideal estimado de 183 mil recenseadores

Amanda Azevedo
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Amanda Azevedo
Publicado em 01/08/2022 às 19:52 | Atualizado em 01/08/2022 às 19:56
Tânia Rêgo/Agência Brasil
São 15.075 novas vagas para trabalhar no Censo 2022 - FOTO: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Com Estadão Conteúdo

As entrevistas do Censo Demográfico começaram em todo o País na manhã desta segunda-feira (1º), mas o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda tenta recrutar 15 mil funcionários temporários para chegar ao número ideal estimado de 183 mil recenseadores.

São 15.075 novas vagas para trabalhar no Censo 2022. As inscrições, gratuitas, estão abertas até quarta-feira, 3 de agosto.

A previsão de duração do contrato é de até três meses, podendo ser prorrogado, com base nas necessidades de conclusão das atividades do Censo Demográfico 2022 e na disponibilidade de recursos orçamentários.

A jornada de trabalho recomendável para a função de recenseador é de, no mínimo, 25 horas semanais, além da participação integral e obrigatória no treinamento.

A remuneração será por produção, calculada dependendo da região das unidades recenseadas (domicílios urbanos e/ou rurais), do tipo de questionário (ampliado ou simplificado), das pessoas recenseadas e do registro no controle da coleta de dados.

Falta de recenseadores supera a das últimas edições do Censo

O diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, disse que é normal iniciar a pesquisa com algum déficit de equipe, mas admitiu que, dessa vez, a falta de entrevistadores supera a das últimas edições do Censo.

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Cerimônia de lançamento oficial do Censo 2022, no Museu do Amanhã, no Rio - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Azeredo atribuiu o fato à pandemia de covid-19 e aos dois adiamentos da pesquisa. Azeredo fez as afirmações a jornalistas hoje na saída da cerimônia de abertura do Censo, no Museu do Amanhã, no Centro do Rio.

"Como acontece com todos os Censos, a gente nunca começa com a quantidade de recenseadores previstos. Isso é inerente ao Censo", disse o diretor do IBGE.

Mas, questionado pela magnitude do déficit do Censo desse ano, Azeredo acedeu: "sim, mas a gente vem de dois adiamentos, de uma pandemia e de uma possibilidade de modalidade mista de coleta", justificou, citando fatores que contribuíram para a postergar o Censo ao lado da questão orçamentária.

Em seguida, ele disse que inovações tecnológicas, como o envio das informações para o sistema do IBGE diretamente dos domicílios visitados, vão facilitar a operação, minimizando falhas como o recrutamento de menos recenseadores do que o previsto.

Sobre o risco de tempo maior na coleta, Azeredo afirmou que o IBGE fará "o possível para isso não acontecer".

"Estamos em um trabalho de reposição, de treinamento", completou. Ele disse, ainda, esperar que o Censo deste ano seja o mais preciso da história da pesquisa decenal, com índice de não captação na casa dos 8%, considerando recusas às entrevistas, domicílios fechados e demais obstáculos.

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