Com Estadão Conteúdo
A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (12), a redução do preço de venda de GLP (gás de cozinha) para as distribuidoras.
A partir desta terça (13), o preço médio de venda do gás de cozinha da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 4,23/kg para R$ 4,03/kg, equivalente a R$ 52,34 por 13 kg. Trata-se de uma redução média de R$ 2,60 no preço do botijão.
O gás de cozinha, combustível largamente usado pelas camadas mais pobres da população, não era reajustado há mais de cinco meses, desde 9 de abril, quando teve o preço rebaixado de R$ 4,48 para R$ 4,23 por quilo, o equivalente a uma queda média R$ 3,27 no preço do botijão de 13 quilos, que, então, passou a custar R$ 54,94.
Segundo a empresa, essa redução acompanha a evolução dos preços de referência "e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio."
Preços ao consumidor
Apesar de não haver reajuste por parte da Petrobras, no início deste mês de setembro, as distribuidoras e revendedoras de gás de cozinha tiveram o impacto dos custos repassados após díssidio coletivo.
Pressionada pelos custos de transporte, reposição salarial e do próprio preço do produto, as empresas começaram a repassar para o consumidor um aumento de, no mínimo, R$ 5 no preço de comercialização do GLP.
Pernambuco conta com o abastecimento de cinco distribuidoras de gás, mas o sindicato dos revendores, que são as empresas que intermediam a compra do protudo das distribuidoras e fazem a venda para os consumidores finais, não acredita que será possível sentir algum alívio com a medida da Petrobras. "Vai depender das distribuidoras", aponta o Sinregás-PE.
De acordo com a associação brasileira das empresas de revenda de gás (Abragás), as revendas receberam aumentos entre R$3,80 a R$4,35 por botijão de 13kg, dependendo da marca e região, mas o reflexo para os consumidores é ainda maior.
As empresas já esperavam movimentos mais bruscos da Perobras em relação à redução dos preços, em virtude das baixas no mercado internacional. Mas o anúncio de agora não bateu com o calendário do repasse dos custos das distribuidoras e revendas, o que resulta num alívio menor no bolso do consumidor.
Em Pernambuco, o GLP de 13 quilos, que era encontrado no preço máximo de R$ 115 na semana até o dia três de setembro, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), já passou, na última semana, ao preço máximo de R$ 120.
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