INOVAÇÃO

Recife tem uma 'fábrica' do futuro da energia, e você precisa conhecer

Com trajetória iniciada em 2016, o IATI tem alavancado a busca por Pernambuco quando o assunto é Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

Lucas Moraes
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Lucas Moraes
Publicado em 25/09/2022 às 8:00
RENATO RAMOS/JC IMAGEM
DIRETORES - FOTO: RENATO RAMOS/JC IMAGEM
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A partir da Zona Oeste do Recife, mais precisamente do bairro do Prado, pensa-se o futuro e em como melhorar o presente, sobretudo a eficiência energética. Consolidando sua atuação nos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento de empresas do setor, o Instituto Avançado de Tecnologia e Inovação (IATI), entidade privada sem fins lucrativos, já acumula mais de R$ 100 milhões movimentados em P&D e conduz as possibilidades inovadoras para uso do hidrogênio verde a partir do Complexo Portuário e Industrial de Suape, indicando, entre outras coisas, o que mais poderá ser feito a partir do uso da nova fonte.

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Com trajetória iniciada em 2016, o IATI tem alavancado a busca por Pernambuco quando o assunto é Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Para se ter uma noção, a entidade começou a atuar em conjunto com pesquisadores de universidade e grandes empresas energéticas contabilizando seis projetos, no primeiro ano. No segundo ano, o número de projetos saltou para 12 e, atualmente, já são contabilizadas 42 iniciativas

"Houve amadurecimento e diversificação dos temas, e entendimento das empresas do setor em relação à Pesquisa e Desenvolvimento. O IATI trabalha como um parceiro dessas empresas, desenvolvendo em conjunto projetos e soluções que servem não apenas para a empresa, mas ganham escalabilidade para serem utilizados no mercado e até mesmo poderem chegar no consumidor final", explica o diretor-presidente do IATI, Guilherme Cardin.

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laboratórios com pesquisas em Hidrogênio verde - RENATO RAMOS/JC IMAGEM

A estruturação dos investimentos em P&D vieram ancoradas na regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para destinação obrigatória de recursos das empresas do setor para o desenvolvimento de pesquisas focadas em inovação. Mais do que o compromisso, as empresas passaram a ver no programa uma oportunidade de alavancar seus negócios, gerando mais valor e até novos produtos ao longo dos últimos dez anos, além de contribuírem para o desenvolvimento científico nacional voltado para o setor energético.

Os investimentos, seja por meio de editais, chamamentos públicos ou outros instrumentos, podem ser feitos pelas empresas diretamente a universidades, centros de pesquisa ou instituições privadas sem fins lucrativos, como é o caso do IATI. A manutenção da estrutura e dos profissionais do instituto vem por meio dos recursos destinados ao desenvolvimento da própria pesquisa e dos rendimentos obtidos a partir das soluções entregues ao mercado, por meio, por exemplo, das patentes.

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laboratórios com pesquisas em Hidrogênio verde - RENATO RAMOS/JC IMAGEM

"Nós fomos formatados para que o que é desenvolvido chegue ao mercado, tenha escalabilidade e, inclusive, atenda outros setores, por isso temos um corpo de pesquisadores diverso. Atualmente são 150, indo de químicos, a engenheiros, biólogos e outras áreas", detalha Cardin.

 

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