Pescadores artesanais de Pernambuco abastecem refeitórios das universidades federais, diz André de Paula

Em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, falou sobre projetos da sua pasta, consumo de pescados e preços
Adriana Guarda
Publicado em 07/04/2023 às 15:13
Ministro da Pesca e da Aquicultura, André de Paula, concedeu entrevista ao Passando da Limpo, da Rádio Jornal Foto: GUGA MATOS/JC IMAGEM


O Ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, participou do Progama Passando a Limpo, na Rádio Jornal, nesta sexta-feira (7), para falar sobre um programa que vai adquirir peixe aos pescadores artesanais do Estado para atender os restaurantes universitários da Federal e Federal Rural de Pernambuco. Institulado de "RU na hora do Pescado Artesanal, o restaurante universitário", inicialmente está sendo realizado um projeto piloto, que depois poderá ser ampliado e incorporado. O ministro também falou sobre a necessidade de aumentar o consumo de pescados no Brasil e reduzir os preços do produto no mercado

SJCC - Como vai funcionar o programa?

ANDRÉ DE PAULA - Há 15 dias o presidente Lula esteve aqui em Pernambuco e neste momento do lançamento do PAA  (Programa de Aquisição de Alimentos) nós assinamos um termo de cooperação com a Universidade Federal e a Universidade Federal Rural de Pernambuco. Aí nesta terça-feira (4), eu estive na universidade Federal Rural quando pela primeira vez foi servido pescado adquirido dos pescadores artesanais do nosso Estado.

SJCC - Qual o volume consumido pelos refeitórios? 

ANDRÉ DE PAULA - Eu destaco a importância desse programa porque ele assegura a capacitação e o apoio técnico de que esses pescadores precisam, além desse volume desse volume de pescados que é adquirido ao pescador artesanal. Juntos, os dois restaurantes servem, em média, 10 mil refeições por dia e o público são estudante universitários que eu sua maioria dependem da alimentação fornecida pelo refeitório. Federal eh na terça-feira também na quarta-feira, nós existiremos aqui em Bom Jardim fomos a um assentamento do MST o assentamento Boa Vista. E lá nós fizemos a dispesca de tilápias criadas, né no assentamento algo em torno de 10 toneladas de peixe que seriam já foram.

 

SJCC - Outras universidades estão interessadas e poderão participar? 

ANDRÉ DE PAULA - O programa surge nas universidades de Pernambuco como piloto, mas já desperta o interesse de outras universidades, tanto que os reitores como Marcelo Carneiro Leão (UFRPE) e Alfredo Gomes (UFPE) me convidaram para participar de uma reunião de colégio de reitores para apresentar o programa. 

SJCC - Não é porque é Ministro da Pesca que necessriamente o senhor gosta de peixe. Mas o senhor gosta? 

ANDRÉ DE PAULA - Gosto e gosto muito. O peixo é um alimento saudável e nos ajuda nessa prioridade do presidente Lula, que é o combate à fome a geração de empregos e de renda.  A gente precisa estimular esse consumo, porque a média de consumo de peixe no mundo é algo em torno de 20 kg por pessoa, enquanto no Brasil isso chega a algo em torno de 12 perdão 12 kg por pessoa no Brasil. 

SJCC - Semana Santa é Momento importante para discutir a piscicultura artesanal.

ANDRÉ DE PAULA - A Semana Santa é estratégica para o próprio Ministério, que há 4 anos não fazia uma  campanha institucional estimulando  o brasileiro a perceber a importância de consumir mais pescados. 

SJCC - Está no radar do Ministério alguma campanha do tipo coma mais peixe, bacalhau, camarão e outros? 

ANDRÉ DE PAULA - Essa é uma das idéias do Ministério. Na quarta-feira (5) estivemos em Bom Jardim, no assentamento Boa Vista, do MST. Lá nós fizemos a despesca de tilápias criadas, algo em torno de 10 toneladas de peixe, que foram distribuídas com os bom jardinenses, numa parceria do MST com a prefeitura da cidade. 

SJCC - O preço também é um impeditivo para desestimular o consumo de peixe no Brasil

ANDRÉ DE PAULA - Sim. Nós pretendemos ter isonomia tributária com aves e suínos tem a isenção do PIS e Cofins sobre a ração. A ração significa 75% do custo de produção e tirar esses impostos possibilita ter um cusco menor e um preço menor. O preço é algo que pesa na balança e essa é uma das questões que está nas nossas preocupações e prioridades. 

GUGA MATOS/JC IMAGEM - Comércio de peixe no Mercado da Encruzilhada no período de Páscoa - Peixe - Fruto do Mar - Crustáceo - Camarão - Semana Santa - Mercado Público

 

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