FINANÇAS

Pernambucanos continuam endividados. São 183 mil inadimplentes

O tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas em Pernambuco é de 8 meses

Cadastrado por

JC

Publicado em 20/10/2023 às 16:45
Cartão de crédito é o meio mais comum de endividamento - MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC),  com recorte da Fecomércio-PE, revela que, no mês de setembro, 432 mil pernambucanos possuíam dívidas com cartão de crédito, financiamentos, carnês, crédito pessoal, entre outros. Paralelamente, 183 mil pernambucanos estão inadimplentes.

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O tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas em Pernambuco é de 8 meses, enquanto o tempo médio de contas em atraso é de 61 dias no estado, ante 62 dias quando observamos todo o Brasil.

Quando os devedores se encontram em situação de inadimplência por muito tempo, confrontam-se com desafios financeiros que reduzem significativamente sua capacidade de gasto, seja em consumo final ou investimentos. Já as empresas podem se deparar com entraves no fluxo de caixa, provocando uma desaceleração econômica.

IMPACTO DO ENDIVIDAMENTO

O endividamento exerce impacto negativo na receita mensal das famílias, reduzindo seu poder de compra, sobretudo em relação a produtos não duráveis, como alimentação. Além disso, a inadimplência acarreta despesas adicionais, como juros, mora e multas, ampliando as dificuldades financeiras, especialmente para consumidores que possuem renda mais baixa.

Os tipos de dívidas mais frequentes entre as famílias pernambucanas de menor renda são o cartão de crédito (96,4%), seguido por carnês (30,1%) e crédito pessoal (6,5%).

O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, destaca que “no mês de setembro, conforme indicado pela PEIC, ocorreu um aumento de 27,9% para 35% no número de pessoas endividadas com contas em atraso nos últimos 12 meses. Ao contrastarmos essa porcentagem com a situação dos endividados em todo o Brasil, nota-se que enquanto os níveis de endividamento em Pernambuco permaneceram estáveis, a taxa nacional de endividados apresentou uma redução em relação ao mesmo período do ano anterior, influenciado
principalmente pela alta taxa de desemprego no estado”.

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