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Brasil fecha 2023 com alívio na inflação, em 4,62%

A expectativa do mercado é que ao final deste ano a inflação fique em 3,90%, segundo o boletim Focus do BCB

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AFP

Publicado em 11/01/2024 às 18:51
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A inflação no Brasil voltou a cair em dezembro e encerrou o ano passado em 4,62% no período de 12 meses, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os preços ao consumidor subiram 0,56% no último mês de 2023, expansão ligeiramente inferior à do mesmo mês de 2022 (0,62%).

Em novembro, a inflação segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,28%, acumulando 4,68% em 12 meses.

META DA INFLAÇÃO

O dado anual fecha dentro da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central do Brasil (BCB) - pouco abaixo do teto esperado de 4,75% -, após dois anos consecutivos de descumprimento da meta.

O mercado, por sua vez, projetava o IPCA de 2023 em 4,47%, segundo último boletim Focus divulgado pelo BCB.

Todos os grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE subiram em dezembro.

O maior impacto da variação foi nos setores alimentação e bebidas (1,11%) e transportes (0,48%).

"O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas", explicou em nota o gerente do IPCA do IBGE, André Almeida.

QUEDA DOS JUROS

O relativo controle da inflação tende a favorecer a continuidade da redução da Selic, objetivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Banco Central do Brasil (BCB) voltou a cortar a Selic em dezembro em 0,5 ponto percentual, para 11,75%, devido à "trajetória de desinflação" do país.

Foi o quarto corte consecutivo aplicado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

A expectativa do mercado é que ao final deste ano a inflação fique em 3,90%, segundo o boletim Focus do BCB, com a Selic em 9%.

INFLAÇÃO NO GRANDE RECIFE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Grande Recife acumulou uma inflação de 3,18% ao longo de 2023, o segundo menor índice entre as 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas, à frente apenas de São Luís (MA). O percentual foi inferior ao do Brasil, que chegou a 4,62% no acumulado do ano. Em 2022, a inflação da Região Metropolitana do Recife (RMR) foi ainda maior: 5,80%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Educação foi o que teve a maior inflação em 2023, com alta de 9,04%. Saúde e cuidados pessoais (5,91%), Despesas pessoais (4,51%), Transportes (4,15%) e Habitação (3,44%) também tiveram índices acima da inflação geral do período. Comunicação (2,20%), Vestuário (2,03%) e Alimentação e bebidas (0,05%) também tiveram alta. Já os Artigos de
residência tiveram deflação (-1,23%).

No acumulado de todo o ano de 2023, o produto com maior reajuste de preço no Grande Recife foi a cenoura (60,01%), seguida pela banana-da-terra (50,05%), abacaxi (27,19%), melão (24,26%) e passagens aéreas (20,49%).

Já as quedas mais expressivas foram verificadas com relação à cebola (-28,60%), ao fígado (-25,13%),
ao doce de frutas em pasta (-22,53%), ao óleo de soja (-21,72%) e ao mamão (- 21,22%).

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