Faltou trabalho para 20,7 milhões de pessoas no Brasil no trimestre terminado em março, das quais 8,6 milhões estavam sem nenhum trabalho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,3% no trimestre de outubro a dezembro de 2023 para 17,9% no trimestre até março. Esse indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, ou seja, relativa a pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.
No trimestre até março de 2023, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 18,9%.
Ainda segundo o IBGE, a população subutilizada (20,7 milhões) cresceu 3,9% ante o quarto trimestre de 2023. Em relação ao trimestre até março de 2023, esse indicador assistiu a um recuo de 4%. Àquela época, um ano antes, havia 21,57 milhões de pessoas nessa situação.
DESOCUPAÇÃO
A taxa de desocupação (7,9%) no trimestre encerrado em março de 2024 subiu 0,5 ponto percentual (p.p.) frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2024 (7,4%) e caiu 0,9 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2023 (8,8%).
A população ocupada (100,2 milhões), caiu 0,8% no trimestre (menos 782 mil pessoas) e cresceu 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,0%, recuando 0,6 p.p. frente ao trimestre móvel anterior (57,6%) e subindo 0,9 p.p. na comparação anual (56,1%).
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi a 37,984 milhões, mantendo-se estável no trimestre no trimestre e crescendo 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano. Já o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 4,5% (mais 581 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,1 milhões de pessoas). O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) caiu 2,3% (menos 141 mil pessoas) no trimestre e subiu 3,5% (mais 198 mil pessoas) no ano.
O número de empregados no setor público (12,0 milhões) caiu 1,5% (menos 184 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano.
INFORMALIDADE E RENDIMENTO
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 39,1 % no trimestre anterior e 39,0 % no mesmo trimestre móvel de 2023.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.123) cresceu 1,5% no trimestre e 4,0% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 308,3 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica iniciada em 2012, mas não teve variação estatisticamente significativa na comparação trimestral, subindo 6,6% (mais R$ 19,2 bilhões) na comparação anual.