Inflação

IBGE diz que é preciso aguardar como chuva no RS se refletirá em preço de alimentos como arroz

As chuvas no Rio Grande do Sul podem prejudicar a produção de alimentos importantes na cesta de consumo das famílias

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Estadão Conteúdo

Publicado em 10/05/2024 às 18:39
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As chuvas no Rio Grande do Sul podem prejudicar a produção de alimentos importantes na cesta de consumo das famílias, como o arroz, mas ainda é preciso aguardar para verificar quais seriam os eventuais impactos nos preços, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Nós não fazemos previsão", frisou Almeida. "O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz, tem produção de soja, de milho, tem produção de produtos importantes, produção de ração animal. As chuvas podem impactar a produção desses produtos, mas, (para saber) como isso vai se refletir nos preços desses produtos a gente precisa aguardar", completou.

A inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é decorrente de apurações de preços em 16 municípios ou regiões metropolitanas. A região metropolitana de Porto Alegre responde por um peso de 8,61% na formação da taxa do IPCA.

Questionado sobre o andamento da coleta do IPCA em território gaúcho, o IBGE respondeu que só conseguirá prestar esclarecimentos após avaliar melhor o impacto das enchentes.

"O IBGE segue avaliando o impacto das enchentes na coleta de dados no Rio Grande do Sul e vai se pronunciar quando tiver segurança técnica sobre as possíveis medidas a serem adotadas, de acordo com a pesquisa", informou o IBGE à imprensa. "Vale lembrar que permanece a situação de calamidade no Rio Grande do Sul, inclusive com a ocorrência de chuvas."

O instituto divulgou nesta sexta-feira, 10, os dados da inflação pelo IPCA de abril. O período de coleta do IPCA-15 referente a maio, com data de divulgação prevista para o próximo dia 28, se estenderia de 16 de abril ao dia 15 deste mês.

Questionado sobre quais seriam as soluções para uma eventual ausência significativa de respostas para a apuração da inflação no Rio Grande do Sul, o instituto respondeu que vai responder apenas "quando tiver todas as informações tecnicamente seguras"

QUEDA EM 2 DOS 9 GRUPOS ANALISADOS

Dois dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registraram quedas de preços em abril, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve deflação em Artigos de Residência (queda de 0,26% e impacto de -0,01 ponto porcentual) e Habitação (queda de 0,01% e impacto de 0,00 ponto porcentual).

Os aumentos foram registrados em Alimentação e Bebidas (0,70%, impacto de 0,15 p.p.), Saúde e Cuidados Pessoais (1,16%, impacto de 0,15 ponto porcentual), Despesas Pessoais (0,10%, impacto de 0,01 p.p.), Educação (0,05%, impacto de 0,00 p.p.), Vestuário (0,55%, impacto de 0,03 p.p.), Transportes (0,14% e impacto de 0,03 ponto porcentual) e Comunicação (0,48% e impacto de 0,02 ponto porcentual).

Apenas uma das 16 regiões investigadas pelo IBGE registrou queda de preços em abril. O resultado mais brando foi verificado em Fortaleza, -0,15%, enquanto o mais elevado ocorreu em Aracaju, 0,78%.

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