Inflação no Recife varia 0,33%, com aumento do preço da energia e combustíveis
Habitação foi o grupo com maior aumento percentual em julho com variação de 1,66%, influenciado pelo aumento de 3,57% no gás de botijão
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho foi de 0,38%, ficando 0,17 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em junho (0,21%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, acima dos 4,23% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a variação havia sido de 0,12%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. A maior variação (1,82%) e impacto (0,37 p.p) vieram de Transportes. Na sequência, veio o grupo Habitação (0,77% e 0,12 p.p.). No campo negativo, destaca-se a queda de Alimentação e Bebidas (-1,00% e -0,22 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,02% de Vestuário e o 0,52% de Despesas Pessoais. Na Região Metropolitana do Recife o índice ficou em -0,09%.
Embora a inflação no País tenha acelerado na passagem de junho para julho, os aumentos de preços na economia foram menos espalhados, concentrados em itens com peso importante na cesta de consumo das famílias, como a gasolina e a energia elétrica residencial. A avaliação é de André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em julho, o IPCA na Região Metropolitana do Recife varia 0,33%
Dos nove grupos de produtos pesquisados, dois apresentaram deflação no Recife: Alimentação e bebidas (-1,01%) e Vestuário (-0,31%). No grupo de alimentação, a alimentação no domicílio apresentou recuo de preços de -1,55%, enquanto na alimentação fora do domicílio houve alta de 0,44%. Dos dez produtos com maiores reduções de preços no mês, nove são do grupo de alimentação, com destaque para o tomate (-38,49%), cenoura (-32,72%) e melão (-21,09%).
Habitação foi o grupo com maior aumento percentual em julho com variação de 1,66%, influenciado pelo aumento de 3,57% no gás de botijão e de 3,3% na energia elétrica (que sofreu a aplicação da bandeira tarifária amarela no mês).
Outro grupo com aumento expressivo foi o de Transportes com variação de 1,13%, sofrendo forte influência dos preços de passagens aéreas que tiveram aumento de 20,54%, dos ônibus interestaduais (3,35%) e dos combustíveis (3,18%).
Despesas pessoais (0,74%), Comunicação (0,54%), Saúde e cuidados pessoais (0,34%), Artigos de residência (0,25%) e Educação (0,17%) completam os grupos que apresentaram alta no período. No acumulado do ano a variação do IPCA é de 2,95%. Educação teve a maior variação (5,11%), seguido por Saúde e cuidados pessoais (5,01%). Alimentação e bebidas acumula variação de 3,2% no ano.