Transações via Pix caem em relação a dezembro, mas crescem em comparação com os últimos 12 meses

Com nuvem de fake news sobre taxação do Pix pairando, movimentações são menores do que no mês de dezembro, mas seguem dentro do esperado

Publicado em 15/01/2025 às 20:51
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Em meio à onda de fake news de taxação do Pix, o volume de transferências caiu de maneira notável quando comparado a dezembro de 2024, no entanto, continua a crescer em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo estatísticas do Banco Central (BC), de 1° a 14 de janeiro deste ano, foi possível registrar mais de 2,29 bilhões de transações, com movimentações que somam cerca de R$ 920 bilhões.

Esses números apontam uma queda de 15,3% em relação ao mesmo período de dezembro, quando foram feitas 2,7 bilhões de transações, movimentando cerca de R$ 1,12 trilhão.

É comum que o mês de janeiro tenha uma queda no volume de transações do Pix e isso acontece por causa do período de férias, do recebimento do décimo terceiro salário e das compras de Natal em dezembro. Porém, a queda registrada foi a maior para a primeira quinzena de um mês desde a criação do Pix, em novembro de 2020. O número de transações realizadas foi o mais baixo desde julho do ano passado, quando ocorreram 2,26 bilhões de transferências.

Apesar da queda que vem acontecendo, o Pix ainda registra um crescimento em relação a janeiro de 2024,  período em que foram feitas 1,75 bilhão de transações, que movimentaram cerca de R$ 659,7 bilhões.

Apesar da divulgação das fake news, tanto o Ministério da Fazenda como o BC consideram a redução no volume de transações via Pix sazonal e dentro dos parâmetros. "O movimento do Pix está dentro da variação sazonal de início de ano", informou o BC.

Na manhã desta quarta-feira (15), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que a queda na movimentação é comum neste período. "Em janeiro, caem as movimentações do Pix na comparação com dezembro, é sazonal. Quando você considera a sazonalidade não tem havido problemas", disse Haddad, informando também que o Banco Central monitora o assunto.

As estatísticas sobre o Pix foram divulgadas antes do governo revogar as novas normas sobre a fiscalização de movimentações financeiras. Diante da onda de fake news associadas ao Pix, o governo decidiu cancelar as novas regras de fiscalização e editará uma medida provisória que iguala o Pix ao dinheiro em papel, tornando proibida a diferença de preços em cobranças, e reforçando o sigilo bancário, a não tributação e a gratuidade da ferramenta para pessoas físicas.

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