Ex-cabo da Aeronáutica tem prisão temporária decretada por tentativa de homicídio após confronto entre torcidas organizadas

Homem foi identificado como integrante da Inferno Coral, do Santa Cruz, e está sob custódia da Polícia Militar no Hospital Getúlio Vargas, com fratura exposta em um dos braços

Gabriela Máxima
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Publicado em 12/03/2020 às 10:17 | Atualizado em 12/03/2020 às 10:59
GABRIELA MÁXIMA/EDITORIA DE ESPORTES JC
Polícia Civil de Pernambuco cumpriu mandado de prisão temporária a um jovem de 26 anos por tentativa de homicídio contra um rapaz de 16 anos - FOTO: GABRIELA MÁXIMA/EDITORIA DE ESPORTES JC

Quatro dias depois do confronto entre as torcidas organizadas de Sport e Santa Cruz antes do Clássico das Multidões, na Ilha do Retiro, a Polícia Civil de Pernambuco cumpriu mandado de prisão temporária a um jovem de 26 anos por tentativa de homicídio contra um rapaz de 16 anos, torcedor do Leão que sofreu várias lesões na cabeça e perdeu seis dentes. O suspeito é ex-cabo da Aeronáutica e membro da Inferno Coral. O mandado foi expedido pela 4ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. Ele vai responder por tentativa de homicídio, associação criminosa e rixa. Os responsáveis pelo caso são os os delegados Diego Acioli e Bruno de Ugalde, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.

O homem identificado tem 26 anos, é ex-cabo da Aeronáutica e integrante da Torcida Organizada Inferno Coral, do Santa Cruz. A Polícia Civil decretou prisão temporária do suspeito, que está sob custódia da Polícia Militar, por estar no Hospital Getúlio Vargas. Ele sofreu fratura exposta em um dos braços durante os tumultos no dia do Clássico das Multidões e aguarda por cirurgia.

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"No sábado, no próprio dia do tumulto, não houve acionamento da Força Tarefa de Homicídios, então não foi gerada a ocorrência, nem feitas as diligências iniciais, referentes a esse caso. No dia posterior, recebemos algumas informações, perguntando sobre o caso. Até aquele momento, não estava sendo tratado como tentativa de homicídio. Na segunda-feira, parti com a minha equipe para a (Hospital) Restauração, para identificar a vítima, mas ele tinha acabado de sair com a família. Convidamos a família para vir à delegacia, eles chegaram no começo da tarde. Conversamos apenas com a família, porque ele não tinha condição de falar, apenas dizia sim ou não. Mostramos o vídeo do espancamento, ele ficou muito chocado. E conseguimos, nessas informações iniciais, identificar um dos indivíduos", contou o delegado Diego Acioli.

A Polícia Civil de Pernambuco continua as investigações para identificar outros agressores do caso.

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